O Palmeiras aceitou a última proposta do Botafogo e fechou a venda do volante Patrick de Paula, que agora será a contratação mais cara da história do Botafogo. O Clube recebeu a proposta decerca de 6 milhões de euros (mais de R$ 33 milhões) no último sábado (19) , pela compra de 50% dos direitos econômicos do atleta inicialmente, posteriormente, será negociada a aquisição de mais 20% por 3,5 milhões de euros, caso o jogador seja negociado com um clube do exterior. Sendo assim, a venda de 70% dos direitos de Patrick deve render aproximadamente9,5 milhões de euros – R$ 52,82 milhões.

Foto: Ettore Chiereguini/AGIF | Patrick de Paula teria tido problemas com indisciplina
Foto: Ettore Chiereguini/AGIF | Patrick de Paula teria tido problemas com indisciplina

De acordo com o colunista do UOL, Danilo Lavieri, o Palmeiras enfrentou dificuldades com Patrick de Paula, mas não desistiu facilmente do volante, ao contrário, teria investido em diálogos com o jogador e seu estafe, porém sem sucesso, fato que teria facilitado a venda do jogador, inclusive por um preço abaixo do projetado pelo Clube. “Analisado como jogador de potencial raro dentro dos gramados, o jogador teve dificuldades de manter a concentração depois que explodiu nos profissionais. Revelado na Taça das Favelas, ele tinha todos os tipos de dificuldade meses antes de virar o protagonista da conquista palmeirense do Paulistão em cima do Corinthians. Do dia para a noite, ele podia frequentar a festa que quisesse, o restaurante que quisesse, com o carro dos sonhos e depois dar festas em coberturas. Tudo o que ele nunca teve na vida.”, disse o jornalista.

Lavieri ainda pontuou que o Verdão precisou lidar com a indisciplina do jogador. “Até por ter ciência desse contexto e entender a falta de estrutura que o atleta teve durante toda a vida, Maurício Galiotte, Anderson Barros, Abel Ferreira e toda a sua comissão tiveram bastante paciência com o jovem. Não à toa, o nível de tolerância para as festas clandestinas frequentadas por Lucas Lima e Patrick durante a pandemia foi diferente. Há outros episódios de indisciplina, como a chegada atrasada aos treinos e conselhos dados por atletas mais jovens e pelos superiores que foram completamente ignorados, como na vez em que ele entrou com um brinco em campo mesmo depois de ter sido advertido pelos colegas. Tudo isso foi abafado pela diretoria da época na tentativa de preservar a Cria.”

O colunista pontuou que a qualidade do jogador em campo fez com que o Palmeiras tivesse ainda mais tolerância com ele, porém a indisciplina do jogador pesou para a negociação ocorrer. “A questão é o preço que tem para a comissão e para a diretoria de continuar com ele no grupo em um futebol cada vez mais profissional e com exigências que Patrick não tem cumprido. Resta saber agora se no Rio de Janeiro ele vai encontrar o foco necessário para dar sequência à carreira que começou de forma tão meteórica.”, avaliou.