Diferentemente do que ocorre na Europa, o futebol brasileiro tem um estilo que é criticado por muitos, mas que é visto todos os anos: a demissão de treinadores após um período de muita pressão. Resta claro que quando um time passa a ser vencedor, conquistando taças de forma consecutiva, como ocorre no Palmeiras, por exemplo, tudo acaba sendo mantido, mas essa é a única saída.
Nos últimos dias, 2 situações em específico chamaram, e muito, a atenção: Rogério Ceni, mesmo após vencer com o São Paulo na Copa Sul-Americana, não resistiu depois de muitas críticas e foi trocado por Dorival Júnior. A mesma situação foi vista no Corinthians, com Fernando Lázaro saindo e chegando Cuca, haja vista o baixo rendimento dentro de campo.
Sobre essas mudanças, na entrevista coletiva após vitória do Verdão diante do Cerro Porteño, Abel Ferreira fez críticas e deixou claro não concordar com essa postura vista no país, apoiando o que é feito fora daqui:
"É o campeonato que temos, a programação que temos. Não há outra forma, o que quer que eu te diga? É recuperação, depois falam que a equipe não está tão fresca. (...) Querem jogos intensos, qualidade de jogo e que as equipes façam seis, sete gols. A única coisa que peço para a minha diretoria, pois os diretores participam das reuniões, é que possamos ter três dias de descanso. Vamos continuar subindo montanhas, mas vocês não querem saber quando alguém é despedido", iniciou o gringo.
"Alguém perguntou para o Lázaro (Fernando, ex-técnico do Corinthians) se ele tem treino para treinar, recuperar os jogadores, as lesões que ele tinha? Vocês (jornalistas) metem pressão nas diretorias, então quem dispensa primeiro são vocês, influenciam as diretorias (...). Não há milagres. Vocês esperam que o Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Flamengo, que ganhem todos, mas só um pode ganhar. As pessoas não entendem isso, até o Guardiola foge daqui, nem o Guardiola quer vir para o Brasil. Venha para cá competir, só um pode ganhar e as pessoas não entenderam isso", completou Abel, que não parou por aí, lembrando de António Oliveira e Vítor Pereira, que também foram demitidos.
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"Estava conversando com meus assistentes brasileiros que tinham ido dois portugueses e agora dois brasileiros, está dois a dois", disse finalizou o técnico palmeirense.
