Abel perde a paciência no Palmeiras e dispara contra Leila Pereira: "Não é porque as coisas estão boas que vamos mudar o plano"

Com mais de 40 mil pessoas no Allianz Parque, o Palmeiras sofreu, mas fez o dever de casa e está pela quarta vez consecutiva na final do Paulistão. Com gol de Murilo na metade da 2ª etapa, o Verdão bateu o Ituano por 1 a 0 e agora espera Água Santa ou RB Bragantino, que irão se enfrentar nesta segunda-feira (20), na Vila Belmiro. As finais estão marcadas para os próximos dias 2 e 9 de abril. Mesmo Abel dando mais uma alegria ao palmeirense, o treinador se mostrou um pouco estarrecido com a diretoria do Alviverde.

Leila Pereira e Anderson Barros, embora entendam que o Clube precisa de reforços, seja no meio de campo ou no ataque, pregam austeridade financeira no Clube. O Palestra até aqui é a única equipe que não trouxe nenhum jogador nessa janela de transferências, que irá se encerrar no próximo dia 3 de abril. A dificuldade no mercado se dá por conta que o treinador português quer atletas prontos e isso custa um valor que os dirigentes não querem arcar neste momento. O comandante diz entender a vontade dos dirigentes e entende que seu grupo é capaz de competir mesmo com muitas dificuldades. Todavia, salientou que essa decisão da alta cúpula em apostar nos titulares e na base pode fazer o time ter muitos obstáculos pelo caminho.

“Nós acreditamos muito nos jogadores que temos. Se conseguirmos contratar jogadores que vão nos ajudar, tudo bem. Agora, se não conseguirmos, vamos fazer de tudo pelo clube”, disse Abel que deu mais uma indireta na diretoria por não ter trazido ainda as reposições que ele pediu e salientou que usará 2023 para arriscar mais mesclando a juventude dos jovens do Verdão com a experiência dos titulares.

“O que acho que vai acontecer é dor de crescimento. Temos uma base de jogadores experientes, vocês são inteligentes como eu e entendem isso. E temos uma base de jogadores jovens, com desejo muito grande de triunfar. Vamos nos colocar à prova”, afirmou o treinador que lembrou que terá que buscar mais soluções no plantel com poucos recursos já que Merentiel, Jorge, Wesley, Danilo e Scarpa saíram e ninguém chegou.

“O maior risco que fiz na minha vida foi atravessar o Atlântico contra toda minha família e vir para cá. Pior do que isso… Os riscos agora são calculados. Se ganharmos, estamos no caminho certo. Se perder também. Vamos sofrer, vamos ter dores de crescimento. O clube é isso, como disse, com presente, com futuro, mas não altera uma vírgula do que disse para trás. Não é porque as coisas estão boas que vamos mudar o plano. É verdade que saiu o Veron, Wesley, Jorge, Danilo, Scarpa, Kusevic, Merentiel, e parece fácil. Vamos testar os limites, os moleques. Vamos arriscar”, concluiu.