Quem assistiu ao combate entre Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno pela disputa de cinturão dos Peso Mosca (até 57kg), viu um verdadeiro duelo de titãs. A luta entre o brasileiro e o mexicano rendeu grande emoção em cinco rounds bem totalmente equilibrados, obrigando os árbitros a decidirem o duelo nos mínimos detalhes dando a vitória ao brasileiro por decisão unânime com um triplo 48-47.
O combate foi tão empolgante que rendeu aos lutadores o prêmio de luta da noite e cada um levou US$ 50 mil extra para casa (cerca de R$ 270 mil). Apesar do grande talento de Deiveson, Brandon Moreno era o favorito para o combate, tendo em vista que nos dois últimos encontros os “Deus da Guerra”, como é conhecido o brasileiro, enfrentou algumas dificuldades. No primeiro duelo a luta terminou em empate, com vantagem para Deiveson que era o campeão na época. Da segunda vez, melhor para o mexicano que acabou finalizando o brazuca.
Desta vez o brasileiro admitiu que precisou fazer ajustes em seu jogo. “Minha calma foi o que mais treinamos para mudar. Eu sempre entrava cheio de energia para acabar rápido a luta. Criamos um bloqueio nisso, me deixando mais calmo. E mais perigoso! Quando ele menos esperasse, eu ia atacar com violência. Nesses meses, consegui lapidar isso. E hoje conseguir colocar isso em prática”, disse Deiveson.
Um dos responsáveis pelo treinamento de Deiveson, foi Henry Cejudo, apontado como uma das peças chaves para a evolução do brasileiro, porém o Deus da Gerra apontou um outro nome como o responsável por tanta mudança. “O Capitão Eric Albarracin é o cara que ele mais deveria respeitar na minha equipe. É um cara que aprendi a respeitar, que trabalha incansavelmente. E foi o cabeça do meu plano de jogo! Até falei para o Henry (Cejudo) que nem aguentava mais ele! Mas parabéns, capitão, você é f*** demais!”, completou em outra resposta.
O brasileiro disse estar disposto em fazer uma quarta luta entre os dois na casa do rival, o México, porém horas depois, porém pareceu mudar de ideia. “Eu queria lutar com ele no México, mas se entrarmos lá com o Cejudo, a gente não vai sair tão cedo! Então estou pensando em mudar essa luta para o Brasil, acho que fica melhor!”, disse em entrevista com a imprensa.