O Fortaleza chegou a sua sexta derrota consecutiva ao ser goleado pelo Ceará por 4 a 0, na última quarta-feira (17), em plena Arena Castelão. Em entrevista coletiva, o técnico Vojvoda reconheceu os erros da equipe, mas rechaçou que o elenco esteja rachado e que haja problemas internos no vestiário. Quem também foi na mesma linha do técnico argentino foi o presidente Marcelo Paz.
Em entrevista ao Block do Kemps, Paz rechaçou qualquer crise interna, mas revelou que teve três conversas junto com o elenco para que a equipe possa voltar a vencer já no próximo sábado (20), quando irá enfrentar o Palmeiras, novamente na Arena Castelão.
“Conversamos com a comissão técnica ainda ontem no estádio e hoje pela manhã também. E conversei com o elenco agora há pouco. Tivemos um bate-papo muito verdadeiro, muito franco. Uma cobrança de parte a parte e um compromisso de que a gente volte às vitórias. Que a gente volte a performar da melhor maneira possível. Futebol existe cobrança é um ambiente normal de ser cobrado. E a gente tem de estar acostumado com isso. Não estamos satisfeitos com o que está acontecendo com as últimas rodadas. Temos consciência de que nossa performance caiu, a pontuação caiu. Mas ainda, sim, estamos no sexto lugar. Ainda sim dependemos só das nossas forças para conquistar um objetivo grandioso que nunca ninguém conquistou aqui no futebol cearense. Eu lembro muito bem, quando começou o ano, depois da Série A do ano passado, o torcedor chegava pra gente e falava: “presidente pelo amor de Deus não vamos passar sufoco esse ano”. E neste ano, o sufoco é zero. Do ponto de vista de rebaixamento. A gente se livrou muito mais cedo. Temos uma Sul-Americana garantida, mas foi criado uma expectativa alta de Libertadores. Expectativa criada por nós mesmo, pela pontuação, pela performance, por estarmos sempre entre os primeiros do campeonato. E que nas últimas rodadas a gente deixou de pontuar o que causou uma preocupação em todo mundo. Então, a conversa foi nesse sentido, de retomar, de acreditar, de corrigir o que tem de errado. É claro que tem coisa errada, a gente tem de corrigir internamente, não vou dizer o que tem de coisa errada, porque aí vou estar facilitando ainda mais a vida dos adversários. Eu não tô aqui para facilitar para os adversários, estou aqui para resolver os nossos problemas. E os jogadores entenderam, concordaram e a comissão técnica também. Então, tá todo mundo ciente, não tem ninguém aqui numa bolha, achando que tá tudo bem. A gente sabe que não tá legal. Os últimos jogos não foram bom. A derrota de ontem foi dolorosa. Mas a gente tem de olhar pra frente, corrigir e fazer ainda melhor”, disse Paz, que logo sequência afirmou que o time não pode ficar tanto tempo sem vencer no Brasileirão.
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“Nada justifica a apatia. Não tem uma justificativa plausível, clara. Nem mesmo desfalque, cansaço, todo clube tem desfalque, tem cansaço. É uma queda de performance mesmo, uma crise técnica. A gente tá vivendo uma crise técnica. Não é além de uma crise técnica. Importante dizer isso. Porque quando começa a perder surge mil teorias: “Ah não pagou premiação, ah elenco tá rachado” Não tem nada disso. Premiação em dia, salários em dia. Dia a dia é bom. Tem um problema natural, num clube de 30 pessoas é natural que um pense um pouquinho diferente, que haja uma cobrança e é até bom que haja cobrança. Ruim é quando há apatia total, quando perde, como perdeu ontem. Então, a gente tem de conviver com isso e dar a volta por cima”, ponderou o mandatário que alegou que embora esteja feliz com a campanha história do Tricolor do Pici, a perda da vaga para Libertadores irá frustrar a todos do clube e a torcida.
“Entendo que sim (frustração caso não consiga a vaga). Porque a frustração é proporcional a expectativa. E quando a expectativa é x, e essa expectativa não se conquista, aí vem o sentimento de frustração. A frustração não combina é com planejamento. Porque o nosso planejamento inicial era uma vaga na Copa Sul-Americana. Só que ao longo da campanha a gente tá sempre assim lá em cima e tem essa expectativa de Libertadores. Mas eu queria muito que a gente jogasse cada jogo pela honra. Os últimos jogos a gente não honrou as cores do Fortaleza de alguma forma”, concluiu.