O que sabemos sobre Zubeldía na vaga de Roger Machado no Inter?
O Internacional vive dias de tensão no Beira-Rio. Mesmo mantido para o GreNal 448, Roger Machado trabalha sob forte pressão e sabe que o clássico pode definir o futuro de seu comando. A goleada sofrida diante do Palmeiras foi o estopim para aumentar as cobranças sobre a comissão técnica e a diretoria.
Nos bastidores, o clube já começa a se movimentar. De acordo com informações do jornalista Marinho Saldanha, a diretoria colorada tem dois nomes bem avaliados caso seja necessário trocar de treinador: Tite e Luis Zubeldía. Ambos estão livres no mercado, mas cada um com particularidades importantes.
O grande sonho do Inter é a volta de Tite, campeão da Copa Sul-Americana de 2008 com o clube. O treinador, no entanto, já deixou claro que não pretende assumir nenhuma equipe antes de 2026, por questões pessoais e de saúde. A direção, mesmo assim, mantém o contato e tentará convencê-lo de um retorno antecipado.
Zubeldía é um alvo, mas…
Luis Zubeldía é o outro nome na mesa. Livre desde que deixou o São Paulo em julho, o argentino tem boa aceitação interna e também entre parte da torcida, que lembra de seu estilo ofensivo e de resultados recentes no futebol sul-americano. Apesar disso, ele só quer assumir um projeto a partir do próximo ano.
A decisão de segurar Roger até o clássico contra o Grêmio foi tomada em reunião da cúpula do clube na segunda-feira (15). Mesmo com apenas duas vitórias nos últimos 10 jogos, a diretoria entendeu que trocar antes do GreNal poderia aumentar a instabilidade no elenco em uma semana decisiva.
Números de Roger
Os números pesam contra Roger. Em 46 partidas no comando colorado, são 21 vitórias, 12 empates e 13 derrotas — um aproveitamento de 54% em 2025. Sem contar o título do Gauchão, o desempenho cai para 44% na temporada, com eliminações dolorosas na Libertadores e na Copa do Brasil.
Assim, o GreNal 448 se tornou muito mais do que um clássico. Para Roger, é a chance de dar sobrevida ao seu trabalho. Para a diretoria, será o momento de medir se vale insistir com o atual projeto ou se é hora de acelerar a busca por um substituto, mesmo que os nomes preferidos só estejam dispostos a assumir em 2026.