As conversas entre Grêmio e Luís Castro avançaram rápido, animaram o torcedor e deixaram a diretoria confiante, mas o contrato segue sem assinatura. Pessoas próximas ao treinador afirmam que tudo está “bem encaminhado”, porém o português não costuma acelerar etapas decisivas. A demora, segundo fontes, é tratada como parte natural do processo. Não há crise, mas há exigência.
Financeiramente, o Grêmio já acertou tudo com o técnico e sua comissão — seis profissionais que devem acompanhá-lo em Porto Alegre. Salários, bônus e tempo de contrato não são mais entraves. O problema está em outra esfera: Castro quer garantias máximas sobre sua autoridade no projeto esportivo. Para ele, isso é tão importante quanto o acordo financeiro.
O português é conhecido por ser extremamente detalhista. Ele exige que o contrato deixe claro seu poder de intervenção na base, na transição e no elenco profissional. Quer a “chave” de todos os setores do clube. A redação jurídica precisa estar perfeita, e esse ajuste final é o que ainda impede a assinatura oficial. Não se trata de dúvida, mas de zelo.
Grêmio confia, mas sabe que detalhes podem melar negociações
Enquanto ajusta os pontos finais, Luís Castro segue em Dubai, aguardando o desfecho. A expectativa é que, quando tudo estiver nos conformes, ele assine digitalmente e viaje em seguida ao Brasil para ser apresentado. Nos bastidores, fontes reforçam que as chances de acordo são enormes. Só uma “hecatombe”, segundo a ESPN, poderia melar de vez o negócio.
A diretoria tricolor mantém calma e trabalha nos últimos ajustes contratuais, ciente de que a exigência por controle total faz parte do perfil do treinador. O Grêmio acredita que, resolvida essa etapa final, terá um comandante capaz de liderar uma reconstrução profunda, especialmente após a turbulência da última temporada no Brasileirão Betano.
Enquanto isso, diretoria já planeja reforços para 2026
Paralelamente à negociação com Castro, o clube trabalha ativamente no mercado. A ideia é trazer de quatro a cinco reforços pontuais para 2026, com um camisa 10 tratado como prioridade absoluta. A busca por jogadores de alto impacto é vista como necessária para iniciar o novo ciclo.
Dois nomes do Palmeiras estão no radar: Weverton e Raphael Veiga. O goleiro tem vínculo até o fim de 2026, enquanto o meia está amarrado ao Verdão até 2027. A diretoria sabe que não será simples arrancá-los de São Paulo, mas o interesse existe — e só deve ganhar força após a oficialização do novo treinador.
O Grêmio trabalha, portanto, em duas frentes simultâneas: fechar com Luís Castro sem ruídos e montar um elenco que dê ao português ferramentas para implementar seu modelo. O torcedor segue no aguardo, esperançoso de que a novela tenha final feliz.