A ex-jogadora profissional de vôlei e Ministra do Esporte da atual gestão, Ana Mozer, deu uma entrevista ao portal UOL em que classificou os esportes eletrônicos como entretenimento e não esporte. A fala de Mozer repercutiu de forma negativa na comunidade de eSports e personalidades como Gabriel “FalleN” Toledo chegaram a pedir “diálogo” sobre o tema.

Foto: Divulgação/MF Press Global
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Especialistas também se posicionaram referente ao assunto levantado pela atual Ministra, sendo o psicanalista Lincoln Nunes, um deles. O preparador mental trabalha com alguns dos principais atletas da Seleção que disputam a Champions League:

“Trabalho com uma fórmula específica para entender os estímulos dos atletas em relação ao estado emocional, I + M + E = R (indivíduo, meio, estímulo e resposta) o único fator que pode ser alterado nesse contexto é o meio. De resto, do jogador da NBA até o profissional de Cod Warzone, o estado emocional e a pressão são os mesmos.”

Falando sobre como os jogos auxiliam no desenvolvimento da inteligência cognitiva e justificando como os eSports podem ser considerados um cenário competitivo, o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela também fala sobre o tema:

“É comprovado que jogadores de videogame desenvolvem a inteligência, por uma ginástica cerebral, o qual é algo orgânico, da mesma forma em que desenvolvemos os músculos em qualquer outro esporte. O treinamento físico dos jogadores também é importante para uma melhor concentração e uso da capacidade cognitiva no jogo, assim como postura física. Entre outras questões que colocam os jogadores de videogame profissionais como esportistas.”