A conquista da Copa Libertadores do Atlético-MG aconteceu há 10 anos, em um time que tinha Ronaldinho e companhia, e ficou marcado por viradas e milagres históricos. Então, trouxemos os principais fatos daquela campanha, os jogos emocionantes e figuras emblemáticas da caminhada do Galo até o título. Veja:
17 – Jogadores inscritos na Libertadores 2013
Goleiros: Giovanni, Lee e Victor.
Laterais: Carlos César, Junior Cesar, Marcos Rocha e Michel
Zagueiros: Gilberto Silva, Leonardo Silva, Rafael Marques, Réver e Sidimar + Jemerson
Volantes: Leandro Donizete, Pierre, Richarlyson e Serginho + Josué + Lucas Cândido
Meias: Cláudio Leleu, Morais, Nikão, Ronaldinho Gaúcho e Rosinei.
Atacantes: Alecsandro, Araújo, Bernard, Diego Tardelli, Guilherme, Jô, Luan, Neto Berola e Paulo Henrique.
16 – Fase de grupos
Após um vice-campeonato do Brasileirão em 2012, o Galo se classificou direto para a fase de grupos. O Alvinegro estava no Grupo C, com São Paulo, The Strongest e Arsenal de Sarandí. E logo na estreia, dentro de casa, o time fez um caldeirão no Horto, e começou uma linda trajetória na Libertadores.
15 – Atlético 2 x 0 São Paulo: Gol da água
Um dos momentos mais hilários daquela Libertadores foi quando Ronaldinho bebeu água da garrafinha de Rogério Ceni e logo em seguida saiu um gol. O lance começou com uma cobrança na lateral-direita para o Atlético e, enquanto esperava o juiz autorizar a batida, Ronaldinho se afastou da defesa do São Paulo e foi até o goleiro Rogério Ceni beber água. Marcos Rocha então percebeu o jogador livre da zaga Tricolor, mandou a bola para o jogador, que livre de qualquer marcação tocou para Jô empurrar para as redes.
O segundo gol do Galo naquela noite foi de Réver, também com o passe do Gaúcho.
14 – Outros jogos da fase de grupos
Atlético-MG 2 x 1 São Paulo
Arsenal (ARG) 2 x 5 Atlético-MG
Atlético-MG 2 x 1 The Strongest
The Strongest 1 x 2 Atlético-MG
Atlético-MG 5 x 2 Arsenal (ARG)
São Paulo 2 x 0 Atlético-MG
O Atlético fechou a fase de grupos com 15 pontos e a melhor campanha, o que faria com que o time mineiro sempre decidisse em casa os jogos do mata-mata. Mas, ainda antes das oitavas, outro fator emblemático aconteceu na Libertadores, com o jogo da última rodada contra o São Paulo, no Morumbi.
13 – “Treino”
No intervalo do jogo entre São Paulo e Atlético, pela última rodada da fase de grupos, Ronaldinho deu uma declaração polêmica, dizendo que o jogo não passava de um treino para o Galo. Já que o time mineiro já tinha garantido o primeiro lugar na classificação geral. Enquanto o São Paulo precisava vencer para se classificar. As falas do jogador pegaram mal na equipe paulista, que prometeram eliminar o Atlético nas oitavas.
12 – Atlético x São Paulo: “Quando tá valendo, tá valendo”
Nas oitavas, os dois brasileiros voltaram a se encontrar. No primeiro jogo, no Morumbi, o Galo saiu atrás no placar, mas virou com Ronaldinho e Tardelli. Na comemoração do seu gol, e em meio a muitas polêmicas, o meia soltou o famoso “Aqui é Galo”. Final de jogo 2 a 1 para o Atlético. No Horto, o Galo goleou o São Paulo por 4 a 1, com um hat-trick do centroavante Jô.
Após o jogo, Ronaldinho foi questionado sobre sua fala na partida da fase de grupos, e mandou no final um “Quando tá valendo, tá valendo”.
11 – Time mexicano nas quartas
O primeiro jogo das quartas de final foi no México, contra o Tijuana. O time brasileiro viu seu adversário abrir um placar de 2 a 0. Mas, no segundo tempo, Luan “O menino maluquinho” entrou, pilhou o time e Tardelli conseguiu diminuir o placar. O próprio Luan marcou o gol de empate no finalzinho do jogo e levou para BH uma decisão “menos difícil”.
10 – Máscaras de pânico no Horto
A torcida do Atlético fez uma festa linda no Independência e levou para o campo máscaras de pânico, o que acabou não dando certo e o Tijuana foi quem saiu na frente, com um gol de Riascos.
Réver, o zagueiro-artilheiro, foi quem empatou a partida. O 1 a 1 dava a classificação para o Alvinegro, devido aos dois gols fora de casa. Porém, aquela Libertadores ganharia mais um fator emblemático, ou um grande milagre, e, para muitos, o maior lance de toda a história da Libertadores.
9 – São Victor
Aos 46 minutos, em um ataque perigoso do Tijuana, Leonardo Silva comete falta e o juiz marca pênalti. Se a equipe mexicana fizesse o gol, o Galo estaria eliminado, ou teria apenas uns 3 minutos para tentar empatar. O Horto ficou em completo silêncio com os torcedores alvinegros apreensivos, coisa que não se viu em nenhum outro jogo da Libertadores no estádio.
Riasco partiu para a bola e o goleiro Victor defendeu com o pé esquerdo, enquanto caia. E ali nascia a perna esquerda mais santa que existe ou o milagre de São Victor. Após 2 minutos, e uma marcação forte da equipe, o juiz apitou o fim do jogo e o Galo se classificava para às semifinais daquela Libertadores.
8 – No apagar das luzes: Atlético x Newell’s Old Boys
Nas semifinais, o Atlético enfrentou o argentino Newell’s Old Boys, e não teve vida fácil, com uma derrota por 2 a 0 no primeiro jogo. A decisão seria em casa, novamente no Horto.
Logo no início, Bernard abriu o placar e manteve viva a esperança Alvinegra. O relógio andou e o Atlético não conseguia marcar o segundo gol para levar para os pênaltis. Até que, aos 32 minutos, os refletores do Estádio Independência desligaram. O time se reuniu na beira de campo esperando a volta da luz, enquanto o treinador Cuca organizava a equipe novamente.
Após a volta dos refletores, o Galo voltou melhor para o campo e Guilherme, muito criticado em alguns momentos pela torcida, fez o segundo gol em um chutaço de fora da área. A decisão foi nos pênaltis.
7 – Surge São Victor de novo
Alecsandro e Guilherme converteram os pênaltis para o Atlético, enquanto Jô e Richarlyson perderam. Do outro lado, Scocco e Vergini marcaram, e Casco, Cruzado perderam. No último pênalti do Galo, Ronaldinho marcou. Na decisiva cobrança do Newell’s, Maxi Rodríguez parou nas mãos de Victor. E o time mineiro se classificava pela primeira vez na história para uma final de Libertadores.
6 – A final
O Atlético enfrentou o Olimpia do Paraguai na final e no primeiro jogo saiu perdendo novamente. A volta agora teria que ser no Mineirão, devido à capacidade mínima de 30 mil exigida pela Conmebol.
5 – “Eu Acredito”
O Mineirão ficou lindo para receber a final da Libertadores 2013, com a torcida entoando o “Eu acredito” que marcou o time naquele ano. O primeiro tempo não teve gols, o que deixou toda torcida apreensiva. Mas na volta do segundo tempo, Jô, o artilheiro da equipe, abriu o placar após passe de Rosinei. O Atlético ainda precisaria fazer mais um gol para levar para a prorrogação.
4 – “O campo do Mineirão toma a bola do Ferreyra”
A trajetória do Atlético ganharia mais um detalhe emocionate no jogo da final. Aos 38 minutos do segundo tempo, Ferreyra, atacante da equipe paraguaia recebeu um lançamento, deixou a defesa atleticana para trás, driblou o goleiro Victor, e tinha o gol escancarado para chutar. Se fizesse, poderia sacramentar o título do Olimpia. Mas, uma frase histórica do narrado Cléber Machado diz tudo sobre o lance “O campo do Mineirão toma a bola do Ferreyra”. Um pequeno tufo do gramado se soltou e o jogador argentino escorregou. Quatro minutos depois saiu um dos gols mais importantes da história do clube, senão o mais importante.
3 – “L E O N A R D O, pruuuu Goooool”
Se tem uma narração que a torcida atleticana nunca vai esquecer será a do Cléber Machado no gol do zagueiro Leonardo Silva: “L E O N A R D O, pruuuu Goooool”. Aos 42 minutos do segundo tempo, o Atlético ainda vencia por apenas 1 a 0, e precisava de mais um gol. E, após um cruzamento de Bernard, o zagueiro-artilheiro cabeceou para as redes, e a bola entrou devagarinho no canto esquerdo do goleiro Martin Silva. Com os placares igualados, a decisão foi para a prorrogação, que terminou sem mais gols. Novamente, o Atlético resolveria nos pênaltis.
2 – O pé esquerdo santo
A primeira cobrança foi do Olimpia, com Miranda, que parou no pé esquerdo do goleiro Victor. Em seguida, Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva marcaram para o Galo.
Ferreyra, Candia, Aranda converteram para o Olimpia.
1 – Na trave nunca mais
O time paraguaio iria para sua última cobrança, se fizesse, a decisão estaria nos pés de Ronaldinho, se perdesse, o Galo seria campeão. E Giménez foi o encarregado da penalidade. O jogador paraguaio mandou a bola na trave, levando o Mineirão a uma explosão de euforia. Atlético campeão da Libertadores 2013.