Novas medidas da Fifa

Na quinta-feira (16), a Fifa anunciou uma medida para combater o racismo no futebol. A partir de agora, a entidade máxima do futebol determinou punições esportivas.

Vini Jr foi alvo de atos racistas nos últimos meses. Clive Brunskill/Getty Images.
Vini Jr foi alvo de atos racistas nos últimos meses. Clive Brunskill/Getty Images.

Assim, as 211 afiliadas da Fifa serão obrigadas a incluírem artigos específicos em seus códigos disciplinares, a fim de enquadrar casos de racismo, tendo punições próprias e mais severas.

Entre os tópicos adotados pela Fifa na nova sanção contra atos racistas está o encerramento da partida, com a derrota para o time que estiver associado ao ato racista.

Além disso, a organização, que anunciou a nova competição feminina para 2026, determinou a criação de um protocolo de três passos para orientar a arbitragem em casos desse estilo.

Novo gesto e protocolos

Além disso, também foi criado um novo gesto específico para denunciar: dois braços cruzados na altura dos punhos, com as mãos estendidas e dedos esticados. Os jogadores conseguirão avisar os árbitros sobre os insultos.

Após a denúncia dos atletas, o gesto também deve ser feito pelos árbitros, o que segue a lógica de como fazer o quadrado no ar com os dedos para indicar a consulta e uso do VAR.

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A intenção da Fifa é que, a partir da implementação dessas novas medidas, o público seja informado sobre o novo protocolo, que conta com três passos e obrigatório para as 211 associações.

O protocolo de três passos inclui:

  • O árbitro irá parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão), anunciando a parada dos atos racistas;
  • Em persistência, o juiz pode suspender o jogo temporariamente, com os times saindo de campo e um novo anúncio de advertência;
  • Se o comportamento seguir, o árbitro determinará o fim do jogo, com derrota ao time associado aos atos racistas.

A luta da Fifa

A Fifa anunciou que vai criar mais mudanças para fazer com que o racismo seja reconhecido como um crime em todos os países, com punições severas para os acusados.

Vale destacar que a Fifa não tem qualquer poder para alterar a legislação dos países de seus afiliados. No entanto, a organização anunciou que vai pressionar politicamente para isso acontecer.

Uma das medidas será a criação de um Painel Antirracista, formado por jogadores e ex-jogadores, para acompanhar a implementação do plano, aconselhando as organizações.

Existirá, por fim, um programa específico de educação, conforme anunciado pelo presidente Gianni Infantino, durante uma reunião do Conselho da Fifa, na última quarta-feira (15).

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