Líder isolado do Campeonato Brasileiro com 36 pontos, o Botafogo mantém dez de vantagem para o segundo colocado e se encaminha como um candidato forte para o título do Brasileirão. Apesar de apenas 14 rodadas disputadas, o Glorioso vem demonstrando um desempenho contundente, mesmo com a saída do técnico Luís Castro.
No confronto diante do Grêmio, que deu aumento a vantagem do Alvinegro na competição, se tornou palco de polêmica por conta de um pênalti que foi reclamado pela equipe gaúcha em Bitello, enquanto a partida ainda estava empatada. A CBF divulgou os áudios do VAR nesta terça-feira (11), e durante o quadro Papo de Arbitragem, Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem analisou o lance.
Em análise em campo e com o auxílio do VAR eles foram unânimes em afirmar que não houve a penalidade máxima. O juiz analisa o lance em campo: “Tudo certo, tudo legal. Nada! Tem o braço, a camisa estica um pouco, mas é leve, não é o que derruba ele. Sente esse contato e cai”, disse Flávio Rodrigues de Souza. Análise esse que foi confirmada pelo VAR. “Normal. Tem esse contato do braço, mas não é impactante, não é o suficiente para ele cair. Concordo com sua decisão”.
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Diante da polêmica e reclamação da comissão técnica e diretoria do Grêmio, Seneme explicou de forma didática como ocorreu o lance. “Vemos a construção através do posicionamento do árbitro. Vem a bola em zona difícil, Flávio é muito claro no que fala, vê o agarrão, mas o agarrão não impacta a queda do jogador. É muito leve. Aí remete à regra, o que é agarrão? Como futebol é dinâmico, de muito contato físico, o simples fato de agarrar camisa não constitui infração. Tem que ter impacto nos movimentos do jogador. Tem que impedir ou dificultar que jogue. Na nossa visão, corretamente o Flávio interpreta que essa mão tem potencial para se tornar infração, mas perde peso quando jogador desiste de acompanhar a jogada e vai ao chão. Talvez se seguisse na jogada e o jogador continuasse agarrando provocasse infração. Não é esse tipo de contato que queremos sancionar. A queda é desproporcional com o movimento do agarrar”, concluiu.