As acusações do empresário

John Textor, dono da SAF do Botafogo, está envolvido em uma das maiores polêmicas do futebol brasileiro dos últimos tempos. Na última segunda-feira (22), o empresário depôs.

John Textor prestou depoimento sobre recentes acusações. Mateus Bonomi/AGIF.
John Textor prestou depoimento sobre recentes acusações. Mateus Bonomi/AGIF.

Em viagem a Brasília, o norte-americano, que pediu a remoção de Raphael Claus de um clássico, participou de uma sessão secreta com parlamentares no Senado. O caso envolve a CPI das manipulações de jogos e apostas esportivas.

Durante a reunião, que não foi divulgada para a imprensa, John Textor, que vem sendo detonado por Leila Pereira, apresentou as evidências que tem. Mais provas devem surgir a partir de depoimentos de mais pessoas.

Vale destacar que o dono da SAF do Botafogo, que entregou todas as provas à Polícia Civil, foi a primeira pessoa convidada a depor, principalmente após as suas declarações recentes sobre manipulações na arbitragem do futebol brasileiro.

A verdade sobre o árbitro

Uma situação, porém, vem dando o que falar. Durante uma de suas falas recentes, o empresário norte-americano, que citou o São Paulo, revelou que tem um áudio de um árbitro que revela ter recebido para manipular o resultado do jogo.

No entanto, Textor nunca deu mais detalhes ou sequer trouxe as provas para o público. De acordo com o jornalista Pedro Rocha, a situação é um pouco diferente.

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Isso porque o ex-árbitro que teve o áudio vazado, na qual fala sobre as manipulações no futebol brasileiro, é Glauber do Amaral Cunha. Ele foi citado pelo empresário de estar nos áudios que confirmariam a propina.

Porém, o ex-árbitro em questão nunca apitou jogos da Confederação Brasileira de Futebol – ou seja, não esteve em jogos do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Copa do Nordeste e demais competições.

Árbitro foi convocado a depor

John Textor, que não havia citado publicamente o nome do árbitro em questão, afirmou que o profissional atuou em jogos da Série C. Porém, o dono da SAF do Botafogo não foi específico.

Conforme as informações do jornalista, Glauber do Amaral Cunha apitou jogos da Série C do Campeonato Carioca, o que corresponde a jogos da terceira divisão do estadual.

Além do ex-árbitro, a CPI convocou outros 12 nomes para prestar esclarecimentos sobre a suposta manipulação e recebimento de propina em prol dos resultados.

Os árbitros Raphael Claus e Daiane Muniz, que já atuaram juntos em 11 jogos e chamaram atenção por isso, estão na lista. Os nomes convocados são, de acordo com a ESPN:

  1. Raphael Claus – Árbitro
  2. Daiane Caroline Muniz dos Santos – Árbitra
  3. Thairo Arruda – CEO do Botafogo
  4. Wilson Luiz Seneme – Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF
  5. Hélio Santos Menezes Junior – Diretor de Governança e Conformidade da CBF
  6. Glauber do Amaral Cunha – Ex-árbitro e citado ser o árbitro no áudio apresentado por John Textor
  7. José Perdiz de Jesus – Presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)
  8. Ronaldo Botelho Piacente – Procurador-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)
  9. Eduardo Gussem – Oficial de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
  10. Felippe Marchetti – Representante da empresa SportRadar AG
  11. Tiago Horta Barbosa – Chefe de integridade para a América Latina da empresa Genius Sports
  12. Emanuel Macedo de Medeiros – Presidente da Sport Integrity Global Alliance – SIGA Latin America
  13. Régis Anderson Dudena – Secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda
Raphael Claus e Daiane Muniz são convocados para prestar depoimento. Divulgação.

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