Casão cravou

O ex-jogador e colunista Casagrande fez uma análise contundente sobre a trajetória do Botafogo no Campeonato Brasileiro de 2023, expressando sua surpresa com a reviravolta que culminou na quinta posição do time, após um primeiro turno promissor.

Casagrande analisou tragetória do Botafogo. Reprodução/Globo
Casagrande analisou tragetória do Botafogo. Reprodução/Globo

Ao longo do Campeonato, Casagrande destacou suas expectativas de que o Botafogo se consagrasse como campeão brasileiro. Contudo, a equipe enfrentou uma sequência de resultados negativos na reta final, deixando escapar a oportunidade de conquistar o título.

O colunista apontou para o momento crucial em que o elenco alvinegro optou por Lucio Flavio como treinador, sucedendo Luís Castro. Essa mudança, segundo Casagrande, reflete uma escolha do grupo de jogadores, mas a falta de comprometimento em campo evidenciou uma atitude soberba.

“‘Existem coisas que só acontecem com o Botafogo.’ Essa frase virou um jargão do time da Estrela Solitária, mas em 2023 ela passou dos limites. Depois do primeiro turno que fez, ganhando todas as partidas no seu estádio Nilton Santos, voltou para o segundo turno e fez uma campanha catastrófica jamais vista. Eu falei várias vezes que o Botafogo seria o campeão e que só perderia para ele mesmo, e foi o que se confirmou”, publicou Casagrande, em sua coluna no “UOL”.

Não perdoou

O colunista destacou que a temporada representou uma oportunidade única para o Botafogo conquistar o título, mas a falta de força mental, técnica e tática, aliada à perda do futebol coletivo, resultou na perda mais desastrosa da história do Campeonato Brasileiro desde 1971.

Carlos Alberto jogador do Botafogo durante partida contra o Cruzeiro no estadio Engenhao pelo campeonato Brasileiro A 2023. Jorge Rodrigues/AGIF

“Nesse meio tempo, os jogadores se uniram e foram falar com a direção para dizer que o elenco desejava ter o Lucio Flavio como treinador. Me lembro que num programa do UOL falei que era bem interessante esse movimento, mas que era uma grande responsabilidade e que depois dessa atitude teriam que bancar em campo a escolha que fizeram. Pois bem, não bancaram por diversos motivos, e um deles foi a soberba que dominou a cabeça de boa parte do elenco. Se formos analisar como terminou o campeonato, fica claro que, ao invés de ter tomado a virada do Palmeiras e do Grêmio, tivesse empatado e vencido só uma partida, teria sido campeão brasileiro mesmo com o péssimo segundo turno que fez”, escreveu o comentarista.

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Em suas palavras finais, Casagrande ressaltou que o sucesso subiu à cabeça de alguns jogadores, levando à perda do foco e à complacência diante das derrotas, culminando em uma perda irreparável do título que, segundo ele, parecia inevitável.

“Perderam a força mental, técnica, tática, porque o forte do Botafogo foi o futebol coletivo, e isso também foi perdido no segundo turno. O sucesso subiu à cabeça de alguns jogadores do elenco. Perderam o foco e talvez tenham achado que o título chegaria naturalmente e não se importaram profundamente quando começaram a perder. Quando veio o medo protetivo, já era tarde demais”, finalizou Casão.

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