Nesta quinta-feira (29), após um mês internado em São Paulo, o mundo perdeu o Rei do futebol. Pelé teve sua morte foi confirmada pelo Hospital Albert Einstein, localizado na Zona Sul de São Paulo ele que vinha lutando contra um câncer de cólon e suas complicações. O ídolo mundial faleceu aos 82 anos, deixando um legado de muito aprendizado para todos nós.
Que Pelé tinha um talento único todos já sabemos, seja por história contada, por imagens vistas, sobre como ele era admirado. Mas, além disso, como ele começou a ser chamado de Rei? Tudo começou no dia 8 de março de 1958, Nélson Rodrigues como sempre através de seu talento, escreveu uma crônica publicada na revista Manchete Esportiva. A crônica levava um título um tanto quanto inusitado: “A realeza de Pelé”.
O jornalista foi impressionado pelo mineiro de 17 anos, após ele marcar quatro gols da vitória do Santos por 5 a 3 contra o América-RJ. Essa seria a primeira vez que o Rei de fato era chamado dessa forma, merecidamente: “Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racialmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: ponham-no em qualquer rancho e a sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor. O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma”; Escreveu Gonçalves na crônica.
Porém, a alcunha de Rei pegou somente na Copa do Mundo daquele ano, em uma atuação digna de gala, os franceses começaram a reverenciar Pelé como de fato o dono do esporte, a majestade que detém todo o poder e talento que o futebol necessitava naquela época. Em entrevista à Rádio França Internacional, Pelé afirmou que foi através dos franceses que ele se tornou de fato Rei: “Desde o início da minha carreira, que eu tenho grandes homenagens aqui na França. Primeiro, foi depois da Copa do Mundo de 1958, que foi o apelido de Rei Pelé. Passado algum tempo, veio o ‘Atleta do Século’. E viva o Brasil, que o francês gosta tanto da gente. Então esse é o meu carinho pelo povo francês”.
