Felipe é um dos maiores ídolos da história do Vasco. Começou no clube aos seis anos de idade, quando ainda jogava no futsal. Depois de migrar para o futebol de campo e fazer toda a sua formação, subiu para os profissionais, como lateral-esquerdo e se tornou titular incontestável, se tornando um dos jogadores mais queridos da equipe. Depois de uma carreira de sucesso, retornou para o Cruz-Maltino e foi campeão da Copa do Brasil, em 2011.

Felipe conquistou sete títulos com a camisa do Vasco (Foto: Vasco da Gama)
Felipe conquistou sete títulos com a camisa do Vasco (Foto: Vasco da Gama)

“É complicado responder, mas uma hora ia chegar. É óbvio que fica chato você parar desse jeito. Eu não fui o único e não vou ser o último. A minha história no futebol foi legal, no somatório de tudo foi legal”, disse Felipe, quando estava no Fluminense e anunciou aposentadoria.

Felipe foi campeão da Copa do Brasil com o Vasco (Foto: Vasco da Gama)

A última passagem de Felipe pela Colina Histórica se encerrou no fim de 2012. Na visão dele, o fato de ter reprovado publicamente a contratação do diretor René Simões, em dezembro daquele ano, pesou – na ocasião, declarou: “René para quê? Não tenho nada contra ele, mas o Vasco precisa é de jogadores”.

Felipe foi formado no Vasco (Getty Images)

“Na época o René, o diretor, ficou muito chateado. Fez a cabeça do presidente e eles optaram por me afastar, estou bastante tranquilo. Cada um tem a sua opinião. A única (coisa) que eles vão ter que aceitar que eu sou o maior vencedor do Vasco, fiz uma história legal”, afirmou Felipe ao GE.

Com a camisa do Cruz-Maltino, Felipe conquistou o Campeonato Brasileiro em 1997 e 2000, a Mercosul também em 2000, a Libertadores de 1998, o Carioca do mesmo ano e a Taça Rio-São Paulo de 1999. Anos depois, ao voltar já como maestro no meio- campo, fez parte da campanha do último título nacional do clube, a Copa do Brasil 2011.

Felipe e Prass comemorando o título da Copa do Brasil (Foto: Heuler Andrey/Agif)

“Agora, a vida não é perfeita. E eu tenho um pedido de desculpas a fazer ao torcedor vascaíno. Pelo gol que perdi na final do Mundial de Clubes, em Tóquio, contra o Real Madrid. Não que seja um peso. Seria uma crueldade achar isso, depois de uma história tão bonita que construí no Vasco. Mas incomoda, não posso negar. Porque eu sei que jogamos demais naquele dia. Eu dei tudo, tudo, tudo. E, se tivesse mais, daria mais”, desabafou Felipe, por conta do pênalti perdido no Mundial, e emendou falando da Copa do Brasil 2011:

“Acabei substituído faltando uns 12 minutos para o fim da partida. A gente tinha vencido o jogo de ida, em casa, por 1 a 0. Em Curitiba, um frio, mas um frio… estava 3 a 2 para eles, resultado que daria o título ao Vasco. Então, quando saí, meti o agasalho e fui pro banco. Só que em vez de assistir ao jogo, sentei no chão, cobri a cabeça com o capuz, tapei os olhos com as mãos e rezei”, recordou, em entrevista ao site The Players Tribune.

Felipe deixou o Vasco após a temporada de 2022 (Foto: Vasco da Gama)

Um dos maiores ídolos da história do Vasco, Felipe sempre respeitou o clube e demonstrou seu amor e respeito pela camisa vascaína. Ao todo, completou 362 jogos com a equipe e conquistou sete títulos, estando no time mais marcante no coração do torcedor Cruz-Maltino. Em 2015, retornou para participar do esquadrão de Futebol 7 e sempre faz juras de amor e provocações em rivais.