Após se sentir lesado pelos acontecimentos na partida contra o Juazeirense, pela primeira fase da Copa do Brasil, o Sport acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva(STJD) reivindicando a exclusão do Juazeirense da competição. O Rubro-Negro aponta uma série de supostas irregularidades durante o jogo, como queda inexplicável de energia e sumiço dos gandulas. Na partida, o clube baiano venceu o Leão por 3 a 2.

Jogadores do Leão e do Juazeirense conversam com o árbitro em polêmica partida – Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife
Jogadores do Leão e do Juazeirense conversam com o árbitro em polêmica partida – Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife

Consultado pela apuração do Globoesporte.com, o advogado do Sport, Osvaldo Sestário, confirmou a ação movida pelo Maior do Nordeste. Entretanto, o Procurador Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Ronaldo Botelho, afirmou que é pouco provável que a mudança de resultado seja feita.

O Procurador se baseou no fato de o árbitro Ramon Abatti Abel ter escrito na súmula que a partida foi encerrada pela negativa do Sport em dar continuidade por causa da iluminação insuficiente. No documento oficial da CBF, o juiz ainda evidencia que a Juazeirense aceitou as condições de jogo, que teriam sido aprovadas pelo trio de arbitragem.

A partida foi um espetáculo de fatos pitorescos acontecidos no Estádio Adauto Moraes. A primeira bizarrice aconteceu quando o sistema de irrigação começou a ser acionado por diversas vezes com a bola rolando. Os fatos foram se somando, com direito a ambulância ‘passeando’ bem rente ao gramado, gandulas desaparecidos e apagões que ocasionaram duas paralisações da partida, uma de 25 minutos e outra de 1h15.

O relato da súmula aponta para que a decisão de retomar a partida depois da segunda queda foi condicionada pelo lateral-direito Patric, ao retorno total da iluminação. Como não voltou a ter o campo todo iluminado, em tese, a responsabilidade do encerramento do jogo, acabou com o Leão, como explica o Procurador Botelho:

“Temos uma decisão do árbitro, que é autoridade máxima em campo. Segundo a súmula, que tem presunção de veracidade, havia condição de partida. Pelo que ele diz, o jogo não teve continuidade por desistência do Sport. É isso que o Tribunal terá que analisar. O Tribunal vai analisar a questão. São nove auditores e cada um tem sua interpretação. Mas uma possível eliminação da Juazeirense vai depender se poderia ou não continuar o jogo, ou se o Sport desistiu dos minutos que faltavam. Se ele desistiu, parece pouco provável.”