Após a vitória contra o Cerro Porteño, no Paraguai, e a liderança geral na fase de grupos da Libertadores, Cuca está a um empate do tricampeonato mineiro como treinador do Atlético. Em sua primeira passagem pelo Galo, levantou a taça estadual em 2012 e 2013. Há dois meses o comandante chegava para sua segunda passagem no Alvinegro. Muito pressionado até antes de assumir o cargo, o técnico foi, aos poucos, construindo bons resultados.
Nesta passagem, Cuca dirigiu o Atlético em 15 jogos, com 10 vitórias, 3 empates e somente 2 derrotas. Não perde há exatas 10 partidas. Ótimo desempenho na temporada, mas que não se torna ainda isento de críticas por parte da exigente Massa.
Especialmente após a derrota para o rival Cruzeiro ainda na fase inicial do Mineiro, Cuca sofreu com as críticas. Insistência em jogadores contestados no time titular, Hulk no banco, Diego Tardelli e Alan Franco sequer relacionados, essas foram só algumas das reivindicações dos atleticanos em 60 dias de trabalho.
Em contato com o colega Mauro Naves, dos canais Disney, o próprio Cuca admitiu, em tom de desabafo, que a cobrança tem sido exagerada. “O começo aqui foi muito difícil. Tolerância ZERO, da torcida e da imprensa”, declarou o técnico em trecho reproduzido pelo colega Nelson Raphael, setorista do Galo na rádio Eldorado1300.com.br.
Se as críticas estão sendo acima do esperado, Cuca também não tem sido digno de elogios nas entrevistas coletivas. Nos últimos dias, o treinador já mostrou irritação com perguntas delicadas. Após a vitória contra o Cerro, por exemplo, reclamou de questão sobre a permanência de Tardelli.
“Meu Deus! Acabou agora (quarta-feira, 19) o jogo com o Cerro, o Tardelli não jogou porque está machucado, e a pergunta que vem é sobre o Tardelli. Inacreditável isso. Bom, cada um gasta a pergunta do jeito que quer”, desabafou Cuca.