O Campeonato Carioca foi a primeira competição a ser retomada no Brasil após a pausa por conta da pandemia da Covid-19. A realização de jogos no estado do Rio de Janeiro levantou ainda mais debates sobre a volta em outros importantes centros. No Rio Grande do Sul, o prazo está definido, mas não terá condições de ser cumprido.

Francisco Vargas, secretário do Esporte e Lazer, ao lado do governador do RS, Eduardo Leite (Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini / Divulgação)
Francisco Vargas, secretário do Esporte e Lazer, ao lado do governador do RS, Eduardo Leite (Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini / Divulgação)

A intenção da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) era reiniciar o Gauchão no dia 19 de julho. A ideia, no entanto, está descartada oficialmente. Na manhã desta segunda-feira (29), em entrevista à Rádio Grenal, oSecretário de Esporte e Lazer do RS,Francisco Vargas, avaliou a situação e projetou uma nova data.

O aumento no número de casos das duas últimas semanas, impossibilita o retorno imediato do futebol (…) Eu, infelizmente, não sei dizer quando vai reiniciar o Gauchão. Mas não existe a possibilidade de retorno no dia 19 de julho. Há alguma possibilidade de 2 de agosto“, afirmou o secretário, que tratou como “desrepeitosa” a volta do Campeonato Carioca.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação

Francisco Vargas destacou todas as medidas tomadas pela dupla Gre-Nal e revelou pedidos das duas diretorias.”Grêmio e Inter, que foram os dois clubes que eu visitei, mostraram que vivem em uma ilha. O sistema de segurança é ótimo. São mínimas as possibilidades de enfermidades em seus jogadores“, disse.

O presidente do Grêmio me pediu pra melhorar a qualidade dos treinamentos, querendo trabalhar em pequenos grupos. No Inter, o pedido foi também nesse sentido“, pontuou o secretário. Uma das grandes preocupações para o Gauchão ser reiniciado é as condições nas equipes menores, do interior.

“O que eu vi no Grêmio e no Inter é um nível de excelência grande em relação a segurança. Uma bolha de saúde. Esses dois podem ser vistos como exceção. Não vi como está a situação dos outros clubes gaúchos”, completou Francisco Vargas.