Após anunciar Hulk e Dodô, o Atlético deve preparar um baita desfecho para exibir o meia Nacho Fernández, que se acertou com o Galo na última segunda-feira (15). Após dias de negociação com o River Plate, o camisa 10 se despediu de Buenos Aires e vai chegar a Belo Horizonte no próximo domingo (21) para se juntar ao plantel de Jorge Sampaoli. Mas aí que está a grande incógnita no clube: o treinador vai permanecer em 2021?

Montagem: Patricia Monteiro/Bloomberg via Getty Images /  Bruno Cantini/Flickr Oficial do Atlético
Montagem: Patricia Monteiro/Bloomberg via Getty Images / Bruno Cantini/Flickr Oficial do Atlético

Segundo a TV Band MG e o jornalista Victor Martins, do blog UAI, Sampaoli não deve continuar o projeto no Atlético. Nem mesmo se a suposta proposta do Olympique de Marselha, da França, chegar à mesa de Sérgio Coelho. A multa rescisória do técnico é de aproximadamente R$ 4 milhões e os francês veem o argentino como substituto ideal de André Villas-Boas.

Aliás, segundo Martins, Sampaoli deixou de ser unanimidade na Cidade do Galo há tempos e pode ser que a própria diretoria decida demiti-lo independentemente se houver oferta do Olympique. A relação está desgastada de ambos os lados. O técnico entende que não foi blindado como deveria na reta final do Brasileirão – o Galo decepcionou e está fora da disputa do título e nenhum dirigente veio a público defendê-lo. Além disso, outra queixa do argentino são os salários atrasados.

Sampaoli tem contrato expirando somente em dezembro no Galo, mas saída parece inevitável (Flickr Oficial Atlético/Bruno Cantini)

Do lado da diretoria, Sampaoli deixou de ter moral após a nítida queda de rendimento do Atlético no Brasileiro. As diversas exigências de Sampaoli e os inúmeros reforços pedidos ao chamado ‘4R’ (grupo de investidores do clube) minaram a situação. Tanto que a direção já corre atrás de nomes para substituí-lo, como Renato Gaúcho, Cuca, Abel Braga, Leonardo Jardim, entre outros.

Nem mesmo as chegadas de Hulk e Nacho Fernández deixam Sampaoli satisfeito.Nos bastidores, o argentino teria que sermenos intransigente nos pedidos, especialmente com Rubens e Rafael Menin, donos da MRV, além de Ricardo Guimarães bancando a maioria das contratações de peso. Sem a intermediação de alguém para apaziguar a relação, o cenário não vai mudar.

“Salvo uma reviravolta muito grande, o que parece improvável, Jorge Sampaoli e Atlético vão seguir caminhos diferentes assim que terminar o Brasileirão”, palpita Martins em seu blog.