É bem verdade que a posse só acontece, de fato, em janeiro, mas Sérgio Coelho já iniciou o processo de transição na presidência do Atlético-MG. Nos bastidores, o futuro mandatário já vem cuidado de assuntos pendentes da gestão de Sérgio Sette Câmara e tem que responder questionamentos a respeito do planejamento para a próxima temporada. Uma boa questão e que promete perdurar nos próximos dias é a permanência ou não de Alexandre Mattos.
O diretor de futebol chegou à Cidade do Galo em março e, pouco tempo depois, foi determinante para a contratação de Jorge Sampaoli. A pedido do técnico, o dirigente foi ao mercado e trouxe 11 reforços, entre eles Vargas, Keno, Sasha, Marrony, Zaracho, Everson, Júnior Alonso, Mariano entre outros. Entretanto, em entrevistas recentes, Coelho deixou claro que a equipe inteira da pasta está sendo avaliada, ou seja, ninguém está garantido para 2021.
Há pouco, em bate-papo no canal Bica Galo, do YouTube, Coelho tentou sair pela tangente quando acabou questionado a respeito de possível saída de Mattos, pergunta trazida pelo jornalista Marco Geves. “Essa questão (mudanças na pasta do futebol) não é verdade. Nós ainda não temos uma definição sobre a equipe que teremos de diretoria e cargo de chefia para os próximos três anos”.
Mas se a permanência de Mattos ainda é um grande mistério no Galo, uma certeza é a chegada de Renato Salvador. O engenheiro e integrante da família fundadora do hospital Mater Dei é muito ligado a Coelho e deve ocupar um cargo que cumprirá as funções de diretor e gerente de futebol no Atlético, possivelmente até para preencher a lacuna até de Gabriel Andreatta.
“O Renato é muito ligado ao futebol há muito tempo. Ele participa das contratações e em toda venda de jogador ele também vai nos ajudar. Ele será o elo entre o presidente e o departamento de futebol… ele (Renato) tem ajudado muito, tem uma capacidade grande e me sinto feliz e seguro com ele ao meu lado”, explicou Coelho.
Se não descarta mudanças mais significativas na pasta do futebol em 2021, Coelho deixa claro que Sampaoli permanece como treinador. Há até a pretensão de prorrogar o vínculo do argentino para mais do que dezembro do ano que vem, mas o futuro mandatário descarta a possibilidade do comandante ser uma espécie de manager. “Não é uma pretensão criar o cargo de manager. Preferimos o diretor de futebol ligado ao presidente e ao Renato. O Sampaoli no campo, fazendo o trabalho dele, cabendo a nós a gestão”.