Renata Silveira entra mais uma vez para a história da locução esportiva e será a primeira mulher a narrar uma partida de futebol na TV Globo. Renata atualmente é uma referência no seguimento e nesta quarta-feira irá narrar duelo da Supercopa do Brasil feminina entre Flamengo e Grêmio e, no domingo (13), às 10h30, também irá comandar a transmissão da final da competição.
Renata é ex-bailarina e agora uma das pioneiras na narração esportiva entre as mulheres, ela está no seguimento há aproximadamente oito anos. Apesar de ser uma das desbravadoras, ela busca diminuir a pressão de ser uma das primeiras mulheres a levar as emoções do futebol para milhões de pessoas. “Sinceramente, estou tentando não pensar na dimensão disso. Estou pensando que é mais um jogo que vou narrar. É uma mudança e é um marco. Mas vou pensar nisso só depois para evitar o frio na barriga.”, disse Renata admitindo que busca não pensar no peso do marco histórico que representa a sua participação na transmissão desta quarta-feira (9).
Renata começou na narração de forma despretensiosa, ela venceu o concurso da Rádio Globo o “Garota da Voz” e, de repente, estava narrando dois jogos da Copa do Mundo de 2014 (Uruguai x Costa Rica e Croácia x México), a partir de então não parou mais. Apesar disso o caminho de Renata não foi fácil, ela precisou engrenar com projetos curtos até que entrou para a Fox Sports e há cerca de um ano tornou-se a primeira mulher a comandar as transmissões de futebol da Globo, pelo canal SporTV. “É um desafio enorme, pois as únicas referências que temos são de narradores homens. Tudo que é novo é estranho. No início, era difícil ter aceitação. Acredito que é uma questão de costume”, comentou Renata, que enfrentou críticas por supostamente tentar imitar os homens.
Entre os homens Renata se inspira em nomes como Galvão Bueno, Gustavo Vilanni, Luiz Roberto, Milton Leite, já entre as mulheres suas referencias são Vanessa Riche, Glenda Kozlowski, Ana Thaís Matos, entre outras que abriram o caminho para mulheres no meio esportivo. “Não tenho resposta certa de como deve ser a narração. Ainda estou em construção. Gosto de escutar minhas transmissões e não tenho pressão de criar um bordão. Estou aqui para aprender e ter mais prática (…) Passar informação está em primeiro lugar, mas vejo o futebol como entretenimento e procuro uma narração mais leve.”