A saída de Messi do Barcelona foi o reflexo da conturbada relação que o craque tinha com a antiga direção catalã, presidida por Josep Maria Bartomeu. O fato virou caso de polícia, com investigações apontado para o vazamento do contrato do argentino para a imprensa. Nesta quinta-feira (12), o jornal “El Periódico” revelou conversas de um grupo de mensagens que expõe rusgas pesadas.
A exposição chocou pela forma como Messi era tratado pelo chefe jurídico do Barcelona, Román Gómez Ponti: “Barto (Bartomeu, presidente do clube), você não pode ser uma pessoa tão boa com esse rato de esgoto. O clube deu tudo a ele, e ele se dedicou a marcar uma ditadura de contratações, transferências, renovações, patrocínios só para ele”, cravou o diretor.
Ponti vai além e deixa no ar que Messi tinha interferências em negociações com outras peças do elenco: E sobretudo um acúmulo de chantagens e grosserias que o clube e todos que trabalhamos sofremos deste anão com hormônios, que deve a vida ao Barça. Mas quando vêm o mau momento, recebe o mítico whatsapp: “Presidente, baixe o salário de todos, mas não toque em mim e em Luis (Suárez). Tomara que tenha a indiferença das pessoas, que é o pior que pode acontecer. Mais um mercenário”.
A polêmica tem como pano de fundo, o vazamento dos valores do contrato de Messi, que foi publicado pelo jornal El Mundo no mesmo dia em que aconteceram as conversas pelo whatsapp. Na época (final de janeiro de 2021), Bartomeu já não comandava mais o Clube e os antigos membros especulavam sobre uma suposta responsabilidade de Joan Laporta, que concorria à presidência. Mas, a situação fica confusa, quando o El Periódico entrega um e-mail que, segundo o jornal, foi escrito pelo ex-diretor, em 2020, levantando a ideia do vazamento: “Também não seria uma má ideia publicar os contratos milionários do time principal para que as pessoas possam repudiá-los publicamente”.
A suposta mensagem, foi encaminhada a Bartomeu, que ponderou o caso, embora “concordasse com muitas coisas” declaradas por Poti: “Muitas vezes ouvimos Leo. Nem sempre, mas mutias vezes. E este contrato sem pandemia foi totalmente aceitável. Foi acertado tendo em conta tudo o que ele gera”.