O Internacional apresentou oficialmente o técnico Miguel Ángel Ramírez nesta sexta-feira (5). O espanhol esteve ao lado do presidente Alessandro Barcellos, do vice-presidente de futebol João Patrício Herrmann e do executivo de futebol Paulo Bracks, que recepcionaram o treinador de 36 anos. Ramírez falou sobre o projeto e a proposta que lhe foram apresentados.
“Creio que o Inter chegou quando tinha que chegar. Às vezes não sabemos bem por que dois pontos têm que se encontrar. (…) Além do clube, me interessa muito as pessoas. Creio que o Inter tem as pessoas diferentes. Naturalmente, a grandeza deste clube e com as pessoas adequadas, tempo oportuno e o projeto”.
Perguntado sobre sua baixa idade, disse que classificar seu trabalho por esse viés é um pensamento limitado. “Esse pensamento limitante é o que nos faz não ter coragem para que Lucas Ribeiro, Pedro Henrique, Nonato, Praxedes não joguem. Porque não têm experiência. Como terão se não jogam? Nosso pensamento é diferente”.
Ramírez ainda se pronunciou sobre contratações. “Com respeito a (Gabriel) Neves, creio que o executivo comentou que é um jogador que interessa não só ao Internacional, mas a outros clubes. Confesso que respirei um pouco quando soube que não jogaria contra nós na Libertadores passada, porque é um grande jogador”.
Por fim, destacou como é ser um espanhol iniciando um trabalho no Brasil e o possível preconceito que já vem sofrendo de alguns profissionais da mídia. “É normal no ser humano ter um lado obscuro neste sentido. Venho de uma ilha muito próxima da África, e cada dia chegam mais imigrantes em busca de refúgio.Eu sou um migrante também e sempre me senti acolhido em cada país que estive. (…). Às vezes há pessoas que acham que são donas de algum lugar”.