O zagueiro Eduardo Brock simboliza a retomada do Cruzeiro, após uma temporada de 2021 abaixo do esperado, o defensor superou as críticas e se tornou capitão da Raposa na campanha de 2022, que colocou o Clube Celeste na elite do futebol brasileiro. Em entrevista ao Valinor Conteúdo/LANCE!, o jogador comentou sobre as projeções para 2023 e abordou a reestruturação que o Cabuloso enfrenta.

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

O primeiro ponto sinalizado por Brock foi as mudanças que o setor defensivo terá. A saída de Zé Ivaldo desfalca a dupla formada na zaga e o xerife é transparente ao falar sobre o novo cenário: “O processo desde o início desse ano é de reestruturação. Primeiro a organização foi extracampo, interna. Gerou resultados e continua. E obviamente, o que é natural no futebol, muitos jogadores iriam sair, mas outros bons vão chegar. Existem muitas pessoas competentes trabalhando no Cruzeiro hoje que certamente tomarão as melhores decisões quanto às contratações. É uma pena que o Zé Ivaldo não permaneça, mas sabemos que o futebol é assim. Fizemos uma grande temporada defensivamente, todos estão de parabéns.”

O retorno à Série A coloca o Cruzeiro em um cenário diferente do apresentado em 2022, a equipe certamente será cobrada por mais competitividade, no entanto, a realidade financeira do Cruzeiro requer cuidados, mas, Brock aponta caminhos para deixar a equipe forte: “Primeiro deve haver o entendimento da situação do Cruzeiro. Não é porque realizou um grande ano, foi campeão da forma que foi, que as coisas vão acontecer maravilhosamente na próxima temporada. É necessário ter humildade, entender que o clube ainda está num processo de reconstrução. O Cruzeiro vai fazer um time bastante forte, coletivamente falando, assim como foi em 2022 e claro, o trabalho do Paulo é um diferencial pela sua qualidade.”

A falta de reforços de peso preocupa o torcedor Celeste, todavia, Brock expõe qual será a postura da equipe, independentemente da chegada ou não de nomes aclamados: “Pode esperar uma equipe muito aguerrida, que não irá parar de lutar em nenhum momento e que novamente buscará uma sinergia com a torcida. Seguiremos no estilo do Paulo, agressivo, de bloco ofensivo, obviamente sabendo que as competições serão muito difíceis, especialmente a Série A.”

Para finalizar, o capitão comenta sobre a importância dos atletas que têm mais tempo de Toca: “A permanência dos jogadores, o entendimento do funcionamento do clube, da forma de jogar, isso tudo ajudará os atletas que chegarem a entender a ideia do Paulo. Dessa vez teremos essa vantagem, pois no princípio de 2022 houve uma reformulação completa, o que tornou a implementação do trabalho um pouco mais lenta.”