O último jogo da Portuguesa, válido pela Copa São Paulo de Futebol Jr., foi marcado por ofensas e intolerância. Frente ao CSA, na tarde da últimasexta-feira (10), no Canindé, a Lusa empatou por 2 a 2 – nenhuma das equipes continuam no torneio. No entanto, a torcida da casa manchou a participação da equipe paulista na competição, quando xingamentos xenófobos foram proferidos em direção aos alagoanos.
Gritos da pior espécie foram registrados por parte da torcida. Dentre os cânticos, foi possível escutar: “escravos”, “volta para sua terra”, “paraíbas” e, para piorar, “vieram pra cá trazer mosquito”. Vale lembrar que Alagoas é um lindo estado do Nordeste, região marcada pela exploração dos portugueses e mais ainda, pelo alto número de verdadeiros representantes do povo brasileiro: os negros.
“Uma pequena parte de nossa imensa torcida, ao final do jogo, proferiu palavras que não representam o sentimento dessa instituição. Em alguns meses completaremos 100 anos de uma história construída com o suor de imigrantes.o Canindé todos sempre serão bem-vindos e bem tratados, porque essa é a nossa verdadeira cultura”, publicou a Portuguesa, em nota, no seu site oficial.
Infelizmente, esse não foi o primeiro caso de preconceito ocorrido na Copinha, uma das maiores competições de base do Brasil. Na quinta-feira (09), o goleiro Túlio, do Sport, foi vítima de homofobia por parte de pessoas que dizem torcer para o Audax, durante confronto realizado em Osasco.Thiago Luis Scarascati, árbitro da ocasião, registrou o fato na súmula.