No último domingo (7), o Bahia carimbou o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro, ao vencer o CRB, por 2 a 1. O retorno à elite do futebol brasileiro foi muito comemorado pela torcida Tricolor e pelo presidente do Esquadrão, Guilherme Bellintani. O mandatário concedeu entrevista coletiva e fez desabafos.
“E agora, voltando à Série A, cumpro meu segundo objetivo do ano, que determinei a mim mesmo. O primeiro foi trazer a proposta de SAF para o clube estar à altura que a torcida merece. Agora eu cumpro o segundo objetivo, e quando falo eu, falo em nome de todos. Desde Vitor Ferraz, esse parceiro nas horas boas e ruins, grande amigo que fiz. Mas todos os funcionários, torcedores, tenho uma lista enorme de pessoas que nos piores momentos mandaram mensagens. “Estou junto, estou com você, a gente vai conseguir”. E dizer que a gente superou o que tinha de superar e entrega o que a torcida merece, o retorno à Série A, mas que quer entregar muito mais. O Bahia tem um tamanho para todos nós que é um tamanho infinito, mas para o futebol brasileiro a gente pode entregar muito mais”, declarou Bellintani.
O presidente fez questão de pedir desculpas à massa tricolor em seu pronunciamento: “Tenho uma coisa muito definida na minha vida, que as histórias de sucesso não são feitas só de momentos de sucesso. Os erros, as tragédias, os momentos ruins fazem parte de qualquer história e na minha história não seria diferente. Não queria que acontecesse o que aconteceu. Hoje a principal coisa que peço à torcida é desculpas, por termos feito uma competição em 2022 que não é a do Bahia. Há quase um ano, lá em Fortaleza, eu falei que quem colocou o Bahia na Série B iria retornar o Bahia para a Série A. Isso para mim era uma convicção, coisa de obstinação mesmo. Não ia dormir tranquilo na minha vida, como não dormi nesses onze meses, enquanto a gente não voltasse esse clube para a Série A”.
Além de desculpas, Bellintani também agradeceu ao elenco do Esquadrão, funcionários do Clube e fez uma revelação. No período de crise mais aguda no Clube, precisou se fortificar para não deixar o cargo: “É uma lista menos barulhenta, mais escondida, mas é enorme, e me agarrei nessas pessoas para ter forças, para não renunciar no início de 2022, para defender o meu clube de uma prática comum do futebol brasileiro que é a prática de derrubou o clube ter que renunciar porque você não presta. Mas não quero falar disso negativamente, quero falar das pessoas que me apoiaram e me ajudaram, que me deram forças. E, por fim, agradecer muito à minha família, que sabe que estou há cinco anos no Bahia, e cada um, meus filhos, esposa, pais, irmãos, abrem mão de muitos momentos comigo para que eu esteja dedicado ao clube. Tenho que pedir desculpa a eles por ser menos presente, mas acho que isso tudo faz sentido e vamos olhar para trás algum dia da história e ver que 2022 fez sentido”, finalizou.