Na iminência da saída de Dudu, o torcedor palestrino vive um incógnita referente como será a postura do Palmeiras em tempos de “novo normal”. Desde 2015, acostumou-se a creditar ao camisa 7 todas as esperanças de lampejos decisivos e resoluções gloriosas quando o sufoco batia em partidas complicadas.

Palmeirense, o copo está meio cheio ou meio vazio?
Palmeirense, o copo está meio cheio ou meio vazio?

De bate e pronto podemos pensar que, com a força do patrocinador e o bom andamento financeiro demonstrado nos últimos anos, Titia Leila sairiaàs comprasem busca de um nome no mercado que reponha o importante nome que se vai.

No entanto, não é bem esta a realidade, já que devido àpandemia do novo Coronavírus, as receitas palestrinas certamente se retrairão (segundo afirmações recentes do gerente de futebol, Cícero Souza, há projeções de perdas de cota de TV, bilheteria e até mesmo uma pequena diminuição da arrecadação com o programa de sócio-torcedor Avanti).

Rony pode ganhar com possível saída de Dudu e se tornar protagonista no ataque do Palmeiras (Foto: César Greco/Ag. Palmeiras)

A soluçãopode estar em um planejamento que contemple o coletivo, que vise um melhor aproveitamento do elenco. Desta maneira, Vanderlei Luxemburgo aproveitaria os velocistas Rony e Gabriel Veron redistribuindo responsabilidades no ataque alviverde de uma maneira equilibrada. Pode-se almejar também um novo olhar para Gustavo Scarpa e Lucas Lima.

O primeiro enfrentou uma série de adversidades judiciais e de lesões. Talvez um (re)início de terceira temporada no Verdão com novas missões determinadas pelo Profexôpossa trazer o equilíbrio necessário para o elenco, que perde um jogador referencial tanto no estilo de jogo até então praticado pelo Palmeiras, bem comoquanto àsexpectativas da torcida.

Você acha que o Palmeiras deve vender Dudu?

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Já Lucas Lima, nesta nova realidade, tem a chance de um recomeço que finalmente traga solidez em sua passagem pelo Palestra.Luxemburgo, ao chegar para sua 5ª jornada no clube, foi bem claro ao afirmar sua confiança no jogador, inclusive com sinalizações de que pretende ressignificar sua importância ao elenco.

Eis aí uma ótima oportunidade para a retomada do futebol apresentado pelo camisa 20no time do litoral paulista de 2014 a 2016. Como os milhões de palestrinos, lanço a provocação: quantas chances merece Lucas Lima? Oremos e confiemos nos planos do Profexô.

Será que Lucas Lima vai finalmente desencantar no Verdão com possível saída de Dudu? (Foto: César Greco /Ag. Palmeiras)

Entretanto, o que se aproxima para o Palmeiras são cenários que podem ser encarados com positividade. A permanência de Dudu garante a continuidade da empatia do mesmo com a torcida, basta apenas aparar arestas causadas por desgastes comuns a longas permanências em clubes. Não se pode ignorar o fato de que os problemas pessoais do atacante abrem a possibilidade de esta transação ser inviável, o que reforça ainda mais a necessidade de que, se assim for, será fundamental tocar esta continuidade com empenho.

O outro cenário, que contempla a saída do jogador, abre a possibilidade de um ganho na funcionalidade coletiva do time, com uma postura que independe de um único nome, bem comoque dá a oportunidade para nomes do elenco enfim despontarem.

É a teoria do copo meio cheio palestrino. Dependendo do ponto de vista, um copo pode estar meio cheio ou meio vazio, alguns darão atenção à parte vazia, com o intuito de torná-la mais cheia. Porém, outros olham o que falta para gerar mais vazio. A saída do craque abre a possibilidade para o Palmeiras colher ganhos com a mudança, ou abre a possibilidade de responder a este período de construção de maneira negativa ao se apegar de forma melancólica a este provável fim de ciclo.