Neste mês, um garoto promissor da base da Raposa foi o pivô de uma polêmica que envolve o Time Celeste e o Palmeiras. Estevão Willian, o Messinho (14 anos), assinou contrato de formação esportiva com o time paulista, deixando a Toca. Para o presidente do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues, o Alviverde não conduziu a tal negociação de maneira ética.

Foto: Flickr Oficial Cruzeiro Esporte Clube – autor: Foto: Igor Sales
Foto: Flickr Oficial Cruzeiro Esporte Clube – autor: Foto: Igor Sales

“A gente sempre bateu na tecla, não de ilegalidade, porque não houve, mas de imoralidade, porque isso, com certeza absoluta (houve). Sempre tivemos ótima relação com o Palmeiras, principalmente com o diretor da base, eu pessoalmente tinha uma relação pessoal com ele, já o conhecia há muito antes de estar no Palmeiras. Então surpreende que ainda tem gente no futebol que aja desta forma. Poderia ter sido feita uma conversa amigável para que a coisa não desenrolasse para a forma que ela desenrolou”, declarou o presidente para o Globo Esporte MG.

A Raposa foi pega de surpresa no caso da transferência do garoto. Messinho poderia assinar vínculo de iniciação esportiva a partir do fim de abril, quando completou 14 anos. No dia 1º de maio, ele assinou com o Palmeiras. Segundo o clube, o jovem continuou a realizar atividades na Toca da Raposa dois dias após o acordo realizado com o Palmeiras. A informação é do Globoesporte.com.

No começo do ano, o pivô da polêmica sofreu uma fratura no tubérculo anterior da tíbia, com tratamento iniciado na Toca da Raposa. No entanto, sem explicações, no princípio de maio, o garoto não compareceu mais nas dependências do clube para a sequência dos trabalhos: “Provavelmente ele usou a nossa estrutura com contrato já assinado com outra equipe. Então, a gente fica muito chateado, e isso mostra algumas coisas que precisam mudar no rumo do futebol brasileiro”, afirmou Sérgio Rodrigues.

Ivo Gonçalves, pai de Messinho, afirma que foi alvo da desarmonia da política do clube, que reflete nos encaminhamentos jurídicos do Cruzeiro. O garoto assinou com o Palmeiras por três anos. Quando o caso estourou e foi noticiado pelo Uol Esporte, o Palmeiras foi provocado pela reportagem do portal para um posicionamento, o que mão aconteceu.

Entretanto, pessoas declararam para a reportagem que foram procurados por Ivo, pai do garoto, interessado em ver o filho do clube paulista. Segundo a fonte, o Alviverde verificou se havia algum problema jurídico e constatou que havia o caminho para fechar um acordo por meio de um contrato não profissional.