O empresário John Textor ainda não tirou o novo Botafogo do papel. Na temporada anterior a equipe comandada por Enderson Moreira conquistou o título da Série B do Brasileirão, mas vem sofrendo no Campeonato Carioca desta temporada após perder peças importantes. Para o comentarista Breiller Pires, no programa ‘ESPN F360’, o empresário americano precisa acelerar o planejamento da SAF.

– A equipe vem sofrendo nas últimas partidas no Campeonato Carioca
© Foto: Vitor Silva/Botafogo.– A equipe vem sofrendo nas últimas partidas no Campeonato Carioca

“Para mim, a questão passa menos pelo técnico e mais pela análise do elenco. Precisaria de reforços, de encorpar esse time. O desafio não é Série B, é Série A, e está enfraquecido em relação à Série B. Textor precisa ter esse entendimento. Se tiver ambição na Série A esse ano, nem que seja de baixo nível, de se manter, precisa encorpar. O time não está preparado para o desafio de Primeira Divisão, com duelos contra Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras. É frágil em campo e nas opções do banco. A transição precisa ser acelerada se olhar esse ano como importante parao projeto. Se quiser só resolver os trâmites, não precisa correr, mas lidar com a insatisfação da torcida, que tem expectativa de rivalizar com as grandes potências em curto prazo”.

Breiller Pires ressaltou ainda que a demora para a chegada do novo técnico acaba dificultando a adaptação e, consequentemente, o desempenho da equipe:“O atraso com Luís Castro dificulta esse planejamento. Não se imagina que vá chegar e dar jeito, primeiro vai fazer diagnóstico, ver qual futebol pretende, construir uma identidade leva tempo. Essa transição não pode fazer o Botafogo sangrar, lutar contra o rebaixamento, sofrer. Textor precisa ter esse sentido de urgência, acelerar”.

Foto: Vitor Silva/Botafogo.

O comentarista enfatizou que o Cruzeiro atuou de forma rápida na transição da SAF e deveria servi como exemplo para a diretoria do Botafogo: “Ronaldo foi mais ágil, entende a necessidade, faz troca de comando, tem trabalho, dá cara para o time. Isso é fundamental, ainda mais na roda de moer técnicos do futebol brasileiro. Há objetivo mínimo de curto prazo, deixar o Botafogo na Primeira Divisão. Começar assim, não é nem pelo resultado contra a Portuguesa, mas pelo que precisa para se encaixar, é complicado”, ressaltou.

Durante o programa o jornalista Celso Unzelte ainda concordou com a opinião do comentarista e ressaltou que a equipe perdeu peças importantes que não foram repostas: “Ganhou dois problemas. Pensávamos que iria rivalizar no Brasileiro com o Flamengo. Textor não deu resposta de como vai ser essa transição, o próprio Enderson (Moreira). Saiu de campo o Botafogo que tinha uma cara, com Enderson, (Rafael) Navarro, (Luís) Oyama, e não se colocou nada no lugar. Hoje tem um Botafogo que leva cinco gols da Portuguesa. Respeito muito, mas não foram muitas as vezes que a Portuguesa fez cinco gols. Assusta. Ganhou outro problema, tem que pavimentar esse caminho para chegar a algum lugar, é uma estrada de terra ainda. Que use o resto do Carioca pelo menos para a pavimentação. Se entrar no Brasileiro pavimentando, o risco de atrasar mais um ano é grande”.