O argentino Andrés D'Alessandro, que pendurou as chuteiras nesta temporada, aos 41 anos, marcou seu nome no futebol gaúcho e brasileiro atuando com a camisa do Internacional, mas, por muito pouco, seu destino não foi outro em Porto Alegre. Antes da chegada ao Colorado, o meio-campista foi procurado peloGrêmio, que não conseguiu fechar negócio.
Durante entrevista ao canal do jornalista Duda Garbi, no YouTube, Paulo Pelaipe, que atualmente é diretor do Botafogo-SP, contou bastidores de sua passagem pela direção do Grêmio. Em 2008, quando D'Alessandro pertencia ao Zaragoza, da Espanha, e estava emprestado ao San Lorenzo, o Tricolor chegou a realizar uma investida.
No entanto, a questão financeira pesou e atrapalhou o Grêmio de avançar nas conversas. Já o rival, com ajuda do investidor Delcir Sonda, pagou 5 milhões de euros (cerca de R$ 11,1 milhões, na conversão da época) para fechar o negócio. Além de D'Alessandro, a falta de dinheiro também impediu o Tricolor de contratar outro gringo que parou no Inter: o volante Guiñazu.
"Ele não veio porque o Grêmio não tinha dinheiro na época. Só. Nós conversamos. Eu tenho muito respeito e uma profunda admiração pelo D'Alessandro. Além de ser um grande jogador jogador, é um cidadão, mostra com suas atitudes, a maneiro que ele é, ajuda as pessoas. Ele defendeu o seu clube com todo profissionalismo", relembrou.
"Na época, tinham dois jogadores do Internacional que nós queríamos. Um não veio porque o presidente do Libertad queria o dinheiro à vista, que era o Guiñazu. Ele também foi um profissional muito correto, hoje é treinador, auxiliar técnico. E o D'Alessandro foi isso. Nós conversamos (...) mas tinha o conselheiro do Internacional que era o Sonda", adicionou Pelaipe.
D'Alessandro faria sucesso com a camisa do Grêmio?
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O dirigente também foi além e revelou que o uruguaio Diego Forlán, em 2012, chegou a ser oferecido ao Grêmio. "O Forlán, a primeira proposta veio para nós, o número (dinheiro). O Baidek (ex-jogador e empresário) trouxe um número, mas estes foram completamente fora da realidade, e aí o Internacional pegou, porque tinha uma situação financeira melhor e nós sempre trabalhamos com os pés no chão", completou.