O Atlético Mineiro vive uma crise sem fim. Nesse momento, o Galo é apenas o 7º colocado do Brasileirão com 40 pontos, e, se o torneio terminasse nesta quarta-feira (21), a equipe do técnico Cuca dependeria dos títulos do Flamengo na Copa do Brasil e na Libertadores para jogar a fase pré-eliminar do torneio continental ano que vem. Se quiser ir para fase de grupos de forma direta da competição mais cobiçada da América do Sul, o Alvinegro terá que fazer 70% dos 33 pontos a disputar ainda nessa temporada.
A missão nesse momento já é complicada para o time de Cuca. Para na noite da última terça-feira (20), membros da Torcida Organizada Galoucura encontraram o meio-campista Zaracho jantando com a família e amigos, e ameaçaram o jogador, que horas depois desabafou sobre o ocorrido em suas redes sociais.” “Para esclarecer as coisas… Eu estava prestes a comer com minha família que veio da Argentina. Eu estava bebendo água e vivendo um momento tranquilo com pessoas que não vejo todos os dias. posso ser cobrado? Sim!! mas por outro lado minha familia ficou assustada”, afirmou o argentino.
Quem repudiou veemente a atitude dos torcedores do Atlético Mineiro foi o jornalista Alê Oliveira. Para o comentarista, os responsáveis por acabar com a noite do meio-campista deveriam estar preso e teme que isso vire corriqueiro no nosso país. O profissional também salientou que dias atrás, o chileno Eduardo Vargas, acabou sendo ameaçado da mesma forma com direito a dedo na cara. O jornalista da Band também afirmou que a dupla deve deixar a Cidade do Galo em 2023.
“Isso surte efeito contrário, para o jogador que quer ir embora de graça. O Zaracho e o Vargas, hoje, se eles tiverem um bom advogado, não tenha dúvida que eles irão embora hoje mesmo e de graça, pois não tem segurança para trabalhar. E aí você prejudica o clube, que já tem inúmeros problemas financeiros e você perde dois ótimos jogadores como Zaracho e Vargas”, disse o comentarista, que lamentou bastante a atitude dos torcedores do Atlético Mineiro perante ao meio-campista na noite da última terça-feira (20).
“Isso é uma invasão, crime. A cara de todo mundo está aí. O que me preocupa nessa história toda é a impunidade. Todo mundo sabe quem é, onde achar, encontrar. O cara ameaça, ofende e continua solto. Tudo bem, se eu sou jogador num momento como esse, eu me preservo um pouco, mas essa não é a questão. O problema é o cara ter a sua liberdade invadida, isso para mim isso está em outra esfera. Esses caras que fizeram isso deveriam estar preso, todo mundo sabe quem é. A impunidade é o que mais me preocupa”, concluiu o jornalista.