O Cruzeiro não conseguiu renovar com o atacante Vitor Roque e o jogador fechou sua transferência para o Athletico-PR, no entanto, a transação resultou em uma rusga aberta com o Clube paranaense, bem como, com o empresário do atleta, André Cury, que foi alvo de críticas ácidas em nota divulgada pela Raposa.

O Clube Celeste se sentiu lesado na negociação, pois cita que o valor do pagamento da multa pelo Athletico ainda não foi disponibilizado e está abaixo do que deveria receber. Segundo informação do Uol Esporte, o caso pode até ir parar nos tribunais, para que a Justiça encaminhe uma resolução sobre os direitos econômicos do atacante. Na nota divulgada pelo Cruzeiro, é exposto que o Clube costurou a renovação, sem sucesso. Alexandre Mattos, diretor do Athletico, também recebeu diversas críticas.
“Ao longo de todo o mês de março, a diretoria de futebol estabeleceu diversas conversas e negociações com os agentes André Cury e Francisco Rocha, caminhando para a formalização do novo vínculo com o ajuste salarial pretendido por eles para a renovação do Contrato de Trabalho do atacante. Entretanto, em vias de finalizar o negócio, as respostas obtidas começaram a se tornar esparsas e evasivas O Cruzeiro, verificando a obscena e já conhecida falta de ética de André Cury, mas determinado em contar com o atleta, e no exercício do seu direito de renovação do primeiro contrato de trabalho previsto pela Lei Pelé, foi diligente e formalizou sua proposta com protocolo do documento na Federação Mineira de Futebol”, cravou a nota comunicada pela Raposa.
O Cruzeiro foi enfático sobre seu incômodo com a postura de Alexandre Mattos, profissional que até pouco tempo, trabalhou no Cabuloso. Ao detalhar a atuação do dirigente, voltou à carga com críticas a André Cury: “Não nos assusta o fato de tal processo ter sido articulado por André Cury e Alexandre Mattos, ex-diretor de futebol do Cruzeiro – que hoje exerce cargo similar no Athletico Paranaense. É notório que ele faz uso das informações contratuais que carregou do Cruzeiro em benefício de seu novo empregador”.
Para finalizar, o Cruzeiro jogou o foco em um suposto erro por parte do staff de Vitor Roque e afirmou que tem direito a receber mais do que os R$ 24 milhões calculados com base no salário do atleta: “Em se confirmando tal pagamento – ainda não disponibilizado ao clube – tratará de um equívoco técnico do atleta, de seu staff e do clube por trás da contratação. O Club Athletico Paranaense terá depositado em juízo quantia menor do que o previsto no § 11 do Art. 29 da Lei Pelé, que toma por base os salários ofertados pelo Cruzeiro Esporte Clube ao atleta. (…) De qualquer forma, o Cruzeiro Esporte Clube, com tranquilidade e conhecedor de seus direitos, não hesitará em adotar todas as medidas necessárias para preservá-los”.