Gustavo Scarpa foi anunciado no Palmeiras no dia 15 de janeiro de 2018. A contratação do jogador animou não só a torcida do Palmeiras, mas também a diretoria. O meio-campista era um dos sonhos de Maurício Galiotte e o ex-diretor executivo do Verdão, Alexandre Mattos. O camisa 14 até chegou mostrar que valeu a pena o investimento do clube nas primeiras rodadas do Campeonato Paulista daquela temporada, porém, dias depois o jogador travou uma batalha judicial com o Fluminense que o tirou dos gramados por quase quatro meses. Quando conseguiu resolver as pendências com o ex-clube, o meia voltou aos campos, mas logo em seguida machucou o pé e ficou ausente por mais um longo período.
Depois de que se recuperou da lesão, Scarpa tem vivido altos e baixos no Verdão. Em 2019, o meio-campista começou o ano voando e foi um dos artilheiros do maior campeão do Brasil no último Campeonato Paulista, mas não conseguiu demonstrar o mesmo desempenho ao longo da temporada e foi parar no banco de reservas. Para piorar a situação, quando o camisa 14 ganha uma oportunidade para iniciar a partida como titular ou entrar ao longo do jogo, o meia nãomonstra a mesmas atuaçõesque fizeramo atleta ser contratado pelo time paulista.
Para Mauro Naves, o jogador ainda não definiu em que posição se sente mais confortável no elenco Alviverde. O comentarista no entanto cobra que o jogador se decida rápido onde quer jogar, uma vez que para ele, o camisa 14 tem qualidade e o Verdão gastou uma nota para contrata-lo.
“Às vezes, acontece o seguinte: o jogador quer agradar o técnico e diz que vai jogar onde o treinador colocar. E ele pode não se dar bem em uma posição. (…) Às vezes, o jogador quer quebrar um galho, e, no fim, não agrada o técnico, nem a torcida e não mostra todo o seu potencial. Acho que o Scarpa tem que saber onde ele gosta de jogar e se posicionar. Para quando tiver uma brecha, poder mostrar todo o seu futebol“, declarou durante o Expediente Futebol, do Fox Sports, desta sexta-feira (5).
Mauro Naves citou o exemplo de Raphael Veiga, que preferiu encarar a concorrência de sua posição de origem a jogar improvisado. “O Raphael Veiga, por exemplo, chegou a jogar na ponta com o Luxemburgo, mas se posicionou, disse que preferia enfrentar a concorrência maior no meio para jogar na posição em que se sente mais confortável. E quando ele tiver a oportunidade, ele vai entrar na posição dele e mostrar todo o potencial”, completou o comentarista encorajado o ex-jogador do Fluminense a ser mais incisivo e mostrar em qual posição quer atuar.