Palmeiras e Santos protagonizaram uma das finais mais eletrizantes dos últimos anos da Copa do Brasil em 2015. As duas equipes disputaram dois títulos naquela temporada. Antes das partidas, jogadores dos dois clubes de provocavam nas redes sociais. O time da Vila Belmiro era mais agressivo nas brincadeiras por ter vencido o Alviverde nos pênaltis o Campeonato Paulista e por naquele momento, estar desempenhando um futebol mais bonito e com jogadores mais renomados.
Porém, no dia da decisão, quem levou a melhor foi o Verdão. Com dois gols de Dudu e com noite de gala de Fernando Prass, o maior campeão do Brasil se consagrou tri campeão da competição desbancando Ricardo Oliveira, Gabigol e Lucas Lima nos pênaltis.
Um dos responsáveis pela primeira conquista do Palestra no Allianz Parque foi Alexandre Mattos. Hoje no Atlético Mineiro, o diretor-executivo de futebol contou os bastidores que antecederam a grande decisão. “Primeiro Tivemos uma reunião na Federação Paulista, e surgiu uma ideia vital para nós: modificar o segundo jogo da final. Falei para o Paulo Nobre vender ao presidente do Santos a ideia de ser o último jogo do ano, para ser o encerramento do futebol no Brasil. O presidente do Santos topou. Foi fundamental, porque precisávamos recuperar alguns jogadores”, contou.
Durante a entrevista dos bastidores da Copa do Brasil, o ex-homem forte do futebol do Palmeiras também revelou que fez uma reunião com os atletas do elenco com direito a petiscos e cerveja para que todos pudessem se unir a vencer a batalha contra um dos maiores rivais. “O hotel que estávamos concentrados em Atibaia tinha área comum, e senti que precisava fazer uma coisa descontraída com os jogadores. Trouxeram petiscos, cervejinha e tudo. Não era muito indicado, a três dias do jogo, mas era preciso criar intimidade, porque a possibilidade aumenta quando um se doa pelo outro”, afirmou, dizendo até que enganou os jogadores para atraí-los”, relembrou.
Na sua opinião, Mattos foi um bom diretor-executivo de futebol para o Palmeiras?
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Por fim, Mattos contou os detalhes da reunião do elenco e provocou o rival alegando que se naquele competição, se os times jogassem mais 80 jogos após a conversa que teve com os jogadores, a equipe santista não venceria mais nenhuma partida. “Entrei no grupo dos jogadores e falei ‘Reunião com o Mattos aqui embaixo. Assunto: prêmio’. Aí cresceu o olho, mas não falei nada de prêmio. Eles desceram e começamos a criar intimidade. Eu dava uma cutucada, que estavam falando que o Santos já era campeão. Com a cervejinha rolando, quando saiu a situação do normal, eles se uniram e fizemos um vídeo com todos abraçados, falando que iríamos ganhar. O Santos podia jogar 80 jogos contra nós, ganharíamos todos. Emocionalmente, foi criado um ambiente interno extremamente forte, não tinha como não ganhar. Fomos muito melhores no jogo, merecíamos ter ganhado, não precisava ir para os pênaltis, mas, nos pênaltis, conseguimos aquela vitória memorável, até por ser o primeiro título do Palmeiras dentro da sua nova casa”, completou Alexandre Mattos.