O presidente José Carlos Peres divide opiniões no Santos. Alguns conselheiros estão do lado do atual mandatário, mas outros não gostam como o modelo de gestão funciona e critica duramente o dirigente. Em entrevista ao jornalista Jorge Nicola, Marcelo Teixeira,presidente do Conselho Deliberativo do clube, opinou sobre o trabalho do cartola à frente do Alvinegro e disse que a instituição está no limite.

Marcelo Teixeira não se intimida e critica gestão de Peres no Santos

Precisam estudar mais, ter estudo maior para passar de ano. Está no limite. Limite perigoso. Comitê de Gestão tem que agir, sem desculpas, condições. Todos passam dificuldades. Vejo muitas hipóteses, mas poucas ações.”

Teixeira fez uma análise mais profunda sobre a falta de receita.

Temos problemas sérios e graves na parte financeira. Resultado negativo nas contas de 2018, em 2019 foi corrigido pela venda deRodrygo. Precisamos avançar, crescer, medidas devem ser adotadas na questão profissional. Devemos aumentar o potencial de receitas, agir paralelamente para aumento patrimonial, com melhoria em infraestrutura. Santos vai ficando aquém. Tínhamos modelo de centro de treinamento no início do milênio, era exemplo, referência. CT Rei Pelé e Meninos da Vila, atraíamos atletas do Brasil e do mundo para tratamentos. E ficamos muito nesse tempo, não é culpa apenas dessa gestão, tem parcela de contribuição de últimas gestões e me preocupa muito.”

Opresidente do Conselho Deliberativo projeta cenário ainda mais complicado no Peixão por conta da pandemia e disse que os atuais dirigentes precisam agir rapidamente para criar planos que não faça o clube piorar muito mais administrativamente e isso acabeinterferindodiretamente dentro de campo.

Como você classifica a gestão de Peres no Santos

Como você classifica a gestão de Peres no Santos

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Santos tem suas limitações, agora é pior com a pandemia, com queda de receita. Diretoria tem que agir imediatamente para criar alternativas, serem competentes e capazes. Não dá para lamentar dívidas e processo de pandemia para justificar possíveis insucessos. Conselho faz sua parte e Comitê de Gestão tem que fazer seu processo. Não basta só reduzir 70% dos salários sem diálogo e respeito ao contrato em vigência. Deve haver diálogo para negociação franca. Me preocupa porque pode gerar não só descontentamento, mas também rescisões unilaterais de contrato. Não prevejo isso, tomara que não, mas é possível na esfera trabalhista. Temos problemas graves que devem ser imediatamente corrigidos. Só assim o Santos vai corresponder bem tecnicamente na volta das competições”.