Por muitos anos, Pedro Geromel e Walter Kannemann se colocaram como a zaga mais sólida do futebol brasileiro. Não à toa oGrêmio, com os dois, conquistaram a Libertadores da América e a Copa do Brasil, corroborando a fama de “copeiro”. Só que, desde 2020, ambos vêm amargando lesões em demasiada. O argentino, então, vive um dilema com desconforto de longa data no quadril e parece ser inevitável uma cirurgia para tentar corrigir o problema.
Segundo João Batista Filho, setorista do Grêmio na Band RS, a operação já teria até data: em dezembro, após o término do Campeonato Brasileiro, emSão Paulo com um especialista em cirurgias de quadril.O departamento médico do clube já tentou realizar vários procedimentos para solucionar a questão, mas até hoje nada foi eficaz. Até médicos no exterior o beque argentino já consultou.
O problema é que o argentino de 30 anos pensa também na situação do Tricolor na Série A. Após péssimo início, o clube está em 18º lugar na tabela, ainda dentro do Z-4, com 22 pontos, a um do 16º, o América-MG. O amor ao Grêmio entra no meio do plano de Kannemann em se submeter àcirurgia no quadril.
Outro fator que pesa para a indecisão é que Geromel se recupera de uma fratura no pé, informa o GE. Segundo o DM tricolor, ainda faltam duas semanas para o parceiro de Kannemann voltar ao grupo. Hoje Felipão tem usado os jovens Ruan e Rodrigues como titulares com o contestado Paulo Miranda como alternativa mais viável na reserva.
Com os problemas físicos, Kannemann acabou virando a quarta opção da defesa. Só foram 15 partidas na temporada até aqui.Oficialmente o zagueiro está à disposição de Felipão, mas sente dores -convive com aSíndrome do Impacto no Quadril, também chamada de Impacto femoroacetabular (IFA),que decorre de uma lesão por esforço repetitivo (LER), informa o GE.
Tudo isso faz brecar uma discussão sobre o futuro de Kannemann no Grêmio. Ele tem contrato até dezembro do ano que vem e o staff, empresário e o próprio atleta desejam estender o vínculo no CT Presidente Luiz Carvalho. Porém falta pouco menos de um ano para ele chegar ao limite de poder assinar pré-acordo com outra equipe – seis meses antes do término.
Não há tendência para que o Grêmio deixe Kannemannir, mas o clube e seus diretores compreendem o risco de atrasar uma negociação de renovação deste porte. Clubes argentinos sondaram recentemente uma possibilidade de o beque retornar a seu país de origem.