Os bastidores políticos do Atlético-MG estão agitados mesmo em meio ao período sem jogos durante a pandemia do novo coronavírus. Durante entrevista à ESPN Brasil, o ex-presidente Alexandre Kalil, atual prefeito de Belo Horizonte, voltou a tecer críticas contra o atual mandatário, Sérgio Sette Câmara. O clima ficou ainda mais tenso após o Galo pagar recentemente uma dívida antiga envolvendo o meio-campista Maicosuel.
Sette Câmara tem criticado os gastos constantes e a falta de responsabilidade de Kalil, seu ex-aliado.O ex-presidente, que confirmou ter pagoum dívida cedendo 13% dos direitos econômicos do atacante Guilherme como garantia de um empréstimo, criticou uma atitude recente do atual presidente, que utilizou o Twitter para agradeceraos parceiros peloauxílio no pagamento da dívida por Maicosuel.
“Ele (Juca Kfouri, jornalista) escreveu que eu fiz um contrato com a firma que era da MRV, que eu dei 13% do jogador e tal. Eu não botei no meu Twitter “obrigado” pra ninguém, não. Eu cedi, eu fiz negócio. Eu fiz negócios no Atlético. Eu não tenho nada contra ninguém. O Rubens (Menin, empresário) é meu amigo pessoal, vamos deixar isso muito claro. Tenho por ele muito respeito. Espero que ele tenha por mim também”, disse.
“Aquilo(publicação de Sette Câmara no Twitter)foi uma jogadinha. Muito obrigado e tal. Obrigado o quê? É de graça? Então fala: ‘Está doado’. É isso que eu fiquei com raiva. Jogou o Maicosuel no meu colo? Que isso?! Vamos respeitar! Obrigado é quando papai me dava mesada. Não tem obrigado, não”, questionou.
Kalil afirmou que foi procurado pelo vice-presidente do clube, Lásaro Cândido Cunha, tentando uma reaproximação. Trabalhando no combate à Covid-19, ele descartou e alfinetou Sette Câmara, que não teria ‘tamanho’ para brigar com ele.”O vice-presidente, Lásaro Cândido, que foi atrás de mim. Eu não estou entendendo essa briga que querem arrumar comigo. Primeiro, porque não tem tamanho para brigar comigo. Eu não fiz nada para ninguém. Eu fui agredido“, falou.
“Tem agora o lateral [Douglas Santos], que comprei por 3,5 milhões de euros, e venderam por oito milhões de euros. O vice-presidente dele que foi atrás de mim na Prefeitura. Estou no meio de uma pandemia, o meu amor pelo Atlético é no domingo e acabou. Se não sou nada, estou entre os três maiores presidentes da história do Atlético, e o mais ganhador. São nove títulos em seis anos, e ponto. Entreguei o ProFut pago até 2021. Essa é a minha história no Atlético. Me larga em paz“, completou Kalil.