Depois de quase um mês cheio de jogos eletrizantes, zebras à solta e muito gigante caindo para seleções com menos expressão, a Copa do Mundo do Qatar está acabando. Na primeira edição do Mundial organizada no Oriente Médio, o Brasil seguiu caindo para europeus nas quartas, enquanto que Lionel Messi eliminou qualquer dúvida que restava sobre a sua genialidade. O camisa 10, inclusive, pode se inspirar em várias decisões antigas do torneio para atingir o principal objetivo: alcançar o topo do futebol global.

Agif/Fernando Soutello e Getty Images/Stu Forster - Götze e Zidane decidiram finais de Copa do Mundo
Agif/Fernando Soutello e Getty Images/Stu Forster - Götze e Zidane decidiram finais de Copa do Mundo

 

 

A final da Copa do Mundo representa um dos confrontos mais importantes do esporte e já protagonizou duelos lendários. Como por exemplo em 2010, na África do Sul, com a Espanha conquistando o torneio pela primeira vez na história após gol de Andrés Iniesta, na prorrogação, contra os Países Baixos. O próprio Brasil, que ao lado da Alemanha foi quem mais chegou em decisões, bateu o rival germânico em 2002, com dois gols de Ronaldo Fenômeno, no Estádio Yokohama. Certamente o Penta acabou sendo mais tranquilo do que o Tetra, que precisou ir para os pênaltis contra a Itália, em 1994, nos Estados Unidos.

Mas e em outras ocasiões, quais foram as finais da Copa do Mundo mais emocionantes da história? Confira dez decisões históricas do torneio da FIFA:

Alemanha 1 x 0 Argentina 2014

Após 24 anos da derrota de Maradona para a Alemanha na Itália, Lionel Messi ganhou a oportunidade de vingar todo um país – ou até mesmo um continente. Apesar da grande maioria dos brasileiros não torcer para os arquirrivais, em 2014 houve quem cogitasse apoiar os Hermanos em uma exceção por justa causa. A Seleção tinha acabado de levar o 7 a 1 e o único capaz de parar Müller, Klose, Neuer e companhia era a Albiceleste. Porém, Götze não quis repetir os erros de Higuaín e levou o Tetra do Rio de Janeiro para a Bavária.

Agif/Piervi Fonseca - Messi não foi capaz de parar a Alemanha em 2014

 

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França 3 x 0 Brasil 1998

A Seleção tem alguns momentos traumatizantes para os fãs de futebol. Em um nível bem diferente do 7 a 1, a então tetracampeã do mundo chegou na final para disputar contra os donos da casa, que nunca tinham levantado o caneco naquela altura. O que ninguém esperava era que o melhor jogador do planeta desse um susto capaz de provocar até uma CPI no Brasil. Ronaldo teve um ataque epiléptico faltando horas para a decisão e resolveu jogar mesmo assim. Impressionada por tudo o que havia acontecido, a Amarelinha não foi capaz de parar Zidane, duas vezes de cabeça, e Petit, já no finalzinho para coroar os Le Bleu.

Argentina 3 x 2 Alemanha Ocidental 1986

Numa rivalidade que percorre gerações, foi a Argentina quem começou vencendo os confrontos contra a Alemanha em finais de Copa do Mundo. Maradona vinha causando muito alvoroço no México, em 1986. Gol de mão, drible em um time inteiro e candidato a craque daquele torneio. Enquanto todos colocavam os olhos no camisa 10, José Luis Brown e Jorge Valdano colocaram os Hermanos na frente. Rummenigge e Völler provaram a força germânica e deixaram tudo igual. Porém, Burruchaga anotou o feito do título faltando aos 40 da 2ª etapa e os Hermanos comemoraram o Bi Mundial.

Argentina 3 x 1 Países Baixos 1978

Se a festa foi boa no México, melhor ainda vou debutar na lista de campeãs justamente em casa. Sob os olhos do General Videla, a Argentina de Kempes conseguiu vencer na final os Países Baixos já sem Johan Cruyff. Foi inclusive o craque sul-americano quem botou seu país na frente da disputa, aos 38 da 1ª etapa, numa jogada insistida pelo meio. Foi apenas no finalzinho que os neerlandeses empataram, com Dick Nanninga, exigindo um tempo adicional. Maradona, ainda no Argentino Juniors, foi apenas testemunha da conquista selada com outro gol de Kempes e Daniel Bertoni, já no 2° tempo da prorrogação.

Alemanha Ocidental 2 x 1 Países Baixos 1974

A Laranja Mecânica era a nova sensação na Copa do Mundo da Alemanha. Adeptos de um futebol extremamente ofensivo e com uma organização no mínimo estranha em campo, Cruyff levou os Países Baixos até a decisão contra os anfitriões. A situação começou até bem para os neerlandeses em Munique, com gol de Johan Neeskens, de pênalti. Foi aí que o árbitro Jack Taylor marcou outra penalidade, esta, um tanto quanto polêmica, convertida por Breitner. No fim, Gerd Müller fez o do título e matou o sonho de Cruyff e companhia.

Brasil 4 x 1 Itália 1970

Em 70 foi o Esquadrão, primeiro a ser tricampeão. A música imortaliza uma das maiores seleções de todos os tempos, aquela que foi capaz de apaixonar o mundo. Pelé, Gerson, Jairzinho e Carlos Alberto Torres, autores dos gols brasileiros, são apenas alguns dos vários craques que compunham a constelação vencedora no México. O último feito do Estádio Azteca na decisão, uma verdadeira pintura de Carlos Alberto, passou pelo pé de Tostão, Clodoaldo e Rivellino, por exemplo, antes de explodir o gol de Albertosi. Todo o globo aplaudia o elenco treinado por Zagallo após um dia histórico no Estádio Azteca.

Inglaterra 4 x 2 Alemanha Ocidental 1966

Uma das finais mais memoráveis de todos os tempos nas Copas acabou nascendo por um motivo infeliz. A Inglaterra do craque Bobby Charlton recebeu o Mundial de 1966 após 100 anos de fundar o esporte mais popular do planeta. Tão unânime quanto a prática desportiva é que o gol decisivo de Geoff Hurst, que deu a taça para os britânicos, não deveria ter sido assinalado. O artilheiro, que anotou outras duas vezes na decisão, não conseguiu fazer com que a bola cruzasse totalmente o gol Tilkowski. O que não foi um problema para o suíço Gottfried Dienst, que correu para o centro do campo, levando alegria aos britânicos.

Brasil 5 x 2 Suécia 1958

Com apenas 17 anos, o jovem Edson Arantes do Nascimento deixaria de ser apenas um pobre menino nascido em Três Corações para virar o dono de uma realeza perpétua em Estocolmo. O Rei Pelé revolucionou o futebol ao marcar três gols contra a Suécia e escrever de vez o nome do Brasil na história do esporte. Este seria apenas um dos tantos feitos que não só o jogador, mas o país passaria a conquistar com a bola rolando. Vavá foi o autor dos outros feitos que ajudaram o Brasil a segurar pela primeira vez na taça Jules Rimet.

Alemanha Ocidental 3 x 2 Hungria 1954

A Copa do Mundo nem sempre consegue recompensar todos os craques. Modric em 2018, Sneijder em 2010 e Cruyff em 1974: todos esses ídolos marcaram época sem conseguir conquistar o planeta com suas seleções. A Alemanha campeã com gols de Morlock e Rahn não tinha um gênio à altura de Ferenc Puskás, mas tinha um time excepcional. O gênio húngaro até fez o primeiro para o seu país, que chegou a abrir o segundo com Czibor. Porém, no final a coletividade falou mais alto e o ídolo do Real Madrid se despediria da Suíça sem o título.  

Uruguai 2 x 1 Brasil 1950

Muito antes do 7 a 1, o maior trauma brasileiro em Copas do Mundo foi também em solo nacional. Se em 2014 o técnico Felipão não conseguiu ao menos levar a Seleção ao Maracanã, foi neste palco onde a futura pentacampeã perderia a primeira decisão do torneio. Apenas um empate era suficiente para o título ficar no Rio de Janeiro e tudo começou a melhorar com o gol de Friaça. A vaca foi para o brejo de vez quando Schiaffino e Ghiggia viraram e conseguiram calar mais de 200 mil pessoas no filme de terror chamado eternamente de Maracanazo.

 

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