Diferente do futebol masculino que há muitos anos possuem inúmeras competições desde a metade do século 19, a versão feminina da modalidade ainda é está dando os seus primeiros passos. Apesar de muitas mulheres praticarem o esporte desde o surgimento, os torneios e premiações mais importantes do futebol feminino só começaram a ganhar forma há algumas poucas décadas.
A primeira Copa do Mundo feminina organizada pela Fifa, por exemplo, só aconteceu em 1991. Já nos Jogos Olímpicos, a modalidade estreou somente cinco anos depois, em Atlanta-1996. E só em 2001 a entidade responsável por gerenciar o esporte passou a entregar troféus para as jogadoras que mais se destacavam em campo.
Marta
É claro que a brasileira que é chamada de rainha não poderia ficar de fora. A jogadora que mesmo sem ter ganhado uma Copa do Mundo ou uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos é nada mais nada menos que a maior vencedora da história do prêmio de melhor jogadora do mundo. A alagoana possui seis prêmios da Fifa (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018), mesma quantidade de Lionel Messi no masculino. Além disso, a jogadora é a maior artilheira de todos os Mundiais (independente do gênero), com 17 gols, e também a recordista de bolas nas redes pela seleção canarinho. Desde 2017, ela defende a camisa do Orlando Pride, dos Estados Unidos.
Mia Hamm
Antes de Marta se destacar na modalidade, o nome da jogadora estadunidense estava presente entre os grandes nomes do esporte principalmente quando o futebol feminino estava começando a se estruturar como algo global e organizado pela Fifa. A ex-atacante possui em seu currículo duas Copas do Mundo (1991 e 1999) e duas edições da Olimpíada (Atlanta-1996 e Atenas-2004). Além disso, Hamm também já figurou na lista da Fifa que possui 100 melhores jogadores de futebol do século passado. Atualmente, ela é uma das sócias do Los Angeles FC, time masculino que disputa a MLS (Major League Soccer), e é integrante do conselho de administração da Roma.
Birgit Prinz
Considerada a maior jogadora de futebol que da Europa, a ex-centroavante alemã era uma verdadeira máquina de fazer gols e conquistar títulos. Nos seus 18 anos de carreira, Prinz conquistou ao todo nove vezes o Campeonato Alemão, uma edição da liga norte-americana e três troféus de campeã europeia de clubes. No entanto, os títulos mais importantes de sua trajetória nos gramados foram obtidos pela seleção. Com a contribuição de Prinz, a Alemanha venceu as Copas do Mundo de 2003 e 2007 e ganhou cinco edições consecutivas da Eurocopa. Por fim Birgit foi eleita por três anos consecutivos a melhor jogadora do planeta (2003, 2004 e 2005) e é a segunda maior goleadora dos femininos, com 14 gols.
Megan Rapinoe
Destaque da edição da Copa do Mundo de 2019, a estadunidense é atualmente o nome mais influente do futebol feminino na atualidade. A jogadora é ótima dentro das quatro linhas tendo o premio de melhor jogadora do planeta. No entanto, é fora dos gramados que a atual camisa 15 da seleção dos Estados Unidos se mostra ativa é na luta pelos direitos civis. A atleta é militante do feminismo e do orgulho LGBTQIA+.
Pia Sundhage
A atual técnica da seleção brasileira feminina teve grande destaque ainda como jogadora, quando a participação feminina na modalidade estava começando. Em 1984, Pia foi a artilheira da primeira edição da Eurocopa. Antes da aposentadoria, ela ainda disputou a primeira edição da Copa do Mundo (1991) e onde acabou terminando na terceira posição da competição. Já como treinadora, ela possui uma carreira ainda mais brilhante. A frente da seleção dos Estados Unidos foi duas vezes medalhista de ouro em Jogos Olímpicos (Pequim-2008 e Londres-2012). Na Rio-2016, ficou com a prata, mas já à frente da Suécia. Pia foi cinco vezes.
Abby Wambach
A jogadora ostenta simplesmente a arrulharia da história da seleção estadunidense. Entre os anos de 2001 e 2015, Wambach balançou as redes nada menos que 184 vezes, mais do que qualquer outra atleta do seu país. Somente uma jogadora canadense (Christine Sinclair) fez mais gols (186) no futebol de seleções que a ex-atacante nascida no estado de Nova York. Ela possui duas medalhas olímpicas (Atenas-2004 e Londres-2012), o título da Copa do Mundo de 2015, seis prêmio de melhor jogadora dos EUA e um prêmio da Fifa de craque do planeta em 2012.
Ada Hegerberg
Outra que possui um papel fundamental também fora das quatro linhas a norueguesa é uma das responsáveis por tentar fazer o futebol feminino receber a mesma atenção da versão masculina do esporte. Hegerberg que possui cinco títulos das edições da Liga dos Campeões pelo Lyon e a Bola de Ouro de 2018, não quis participar da Copa do Mundo de 2019 como forma de protesto por considerar que a seleção norueguesa das mulheres não recebia as mesmas condições da equipe masculina do país. Além disso, a atacante reclamava não apenas das premiações, mas também de questões como trabalho fora de campo, planejamento e conforto das viagens e instalações de hospedagem. O boicote teve uma repercussão global e alavancou ainda mais o nome de Hegerberg como uma voz que precisa ser ouvida no esporte mundial.