Dois artigos publicados na Folha de São Paulo, neste final de semana, causaram alvoroço nos bastidores do futebol brasileiro. Athletico-PR, Flamengo e Globo estiveram envolvidos no conteúdo com o intuito de responder a seguinte pergunta: ‘O modelo de divisão de cotas de TV para os clubes de futebol é adequado?’
Fernando Manuel Pinto, diretor de direitos e relacionamento com futebol da TV Globo, defendeu, com o título ‘Equilíbrio e Meritocracia’, que a metodologia é, sim, adequada. “Critérios ligados a equilíbrio e meritocracia é que determinam a remuneração de cada clube na Série A. A abordagem foi capaz de promover um modelo coletivo para os clubes”, escreveu Fernando Manuel ao defender o modelo de distribuição das cotas televisivas.
As cotas de TV tem que ser melhor distribuídas?
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Em contrapartida ao modelo defendido pela emissora, Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico, escreveu para atacar veementemente a Globo e o Flamengo. “Criou-se uma narrativa de que toda audiência nacional se interessa e quer ver o Flamengo. Fica clara a necessidade de redistribuição dos valores, mais em linha com o cenário esportivo e tecnológico atuais”, concluiu Petraglia, que, em suas linhas, ainda usou o termo ‘Flavorecimento’.
“Criou-se uma narrativa de que toda audiência se interessa e quer ver o Flamengo. Uma euforia fomentada por matérias em clima de mobilização, de que há algo muito importante acontecendo quando o time da ponta da pirâmide joga."
— Planeta do Futebol �� (@futebol_info) December 15, 2019
Petraglia, presidente do Athletico, à Folha de SP.
Essa é a segunda vez no ano que um mandatário da elite do futebol brasileiro faz duras críticas ao modelo midiático operante no Brasil. Antes, Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, já havia enfrentado a grande potência de produção de conteúdo da América Latina.