A reta final do Campeonato Brasileiro de 2020 foi emocionante, com Internacional e Flamengo disputando o título até o minuto derradeiro da última partida. Na 37ª e penúltima rodada, gaúchos e cariocas estiveram frente a frente em um confronto no Maracanã que mudou o panorama do torneio nacional e deixou os rubro-negros na ponta da tabela.

Fotos: Thiago Ribeiro/AGIF
Fotos: Thiago Ribeiro/AGIF

Logo no início da segunda etapa, próximo dos três minutos, o lateral-direto Rodinei, do Inter, acabou expulso por Raphael Claus após cometer falta sobre Filipe Luís. Depois de revisão dolance com auxílio doárbitro de vídeo (VAR), o defensor colorado recebeu o cartão vermelho direto. Com um jogador a menos, a equipe do técnico Abel Braga viu Gabigol definir o placar em 2×1 aos 17 minutos.

Envolvido na lance, Filipe Luís abriu o jogo em entrevista á TNT Sports e contou bastidores da jogada.”Rodinei é muito meu amigo. Amo esse cara, me deu muitas alegrias, ganhei título com ele. Quando ele pisou no meu tornozelo, eu sabia que ele ia ser expulso porque ele pisou muito no meu tornozelo. A primeira reação foi falar para o juiz não expulsar porque eu sabia que não foi na maldade“, disse.

Filipe Luís: pediu para Rodinei não ser expulso (Foto: Robson Mafra/AGIF)

A gente falou para ele. Mas ele foi no VAR, analisou e decidiu expulsar. Quem sou eu para falar o contrário. Temos que entender o critério. Um ‘pisão’ daquele lá tem seu risco. Mas, sabendo de quem se trata, daquele jogo. Eu e o Diego Ribas falamos: ‘amarelo“, adicionou. Apesar disso, ele afirmou concordar com a decisão.

Ele esperou o VAR, ele foi lá, disse que uma coisa não tinha nada a ver com a outra, viu a jogada e decidiu expulsar. Se meu tornozelo vira e rompe os ligamentos, aí iam falar que é para expulsão, são critérios. Amo o Rodinei, gostaria que ele não tivesse sido expulso, que fosse crucificado, como ele não foi, virou um herói. Seguramente era para cartão vermelho“, completou Filipe Luís.

Na súmula, Raphael Claus justificou o vermelho por”por jogo brusco grave, atingindo com as travas da chuteira a perna de seu adversário“, “atingindo acima da linha do tornozelo na disputa de bola, torcendo o tornozelo e colocando em risco a integridade física de seu adversário“.