O Leão tem um desafio de peso para terminar a temporada sem cair para a segunda divisão: vencer s quatro partidas que faltam para o fim do Brasileirão. Nesta quarta-feira (24), Everton Felipe concedeu entrevista coletiva e abordou a complicação, o jogador não escondeu a preocupação. Nas declarações do camisa 97 da Ilha, o amor ao Papai da Cidade foi emanado:

Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife
Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife

“São jogos difíceis, teoricamente. Bate uma tristeza porque você vê o clube que ama na situação que está vivendo, que não é novidade. O Sport precisa ficar uns dois a três anos na Série A, para se reestruturar, pagar dívidas, ajeitar estádio. Bate uma angústia no peito muito grande, porque você sabe que o clube do seu coração precisa disso”, cravou Everton Felipe.

A entrevista abordou um fato que revoltou o Sport, o calendário da reta final do Brasileirão, em que o Leão terá uma maratona de três partidas em sete dias (contra Flamengo, Chapecoense e Athletico). Enfático e sem meias palavras, o jogador afirmou o que pensa sobre a questão: “Fiquei com medo de falar algumas coisas (na última entrevista). Foi muito prejudicado. Eu joguei no São Paulo, tive jogos contra times daqui. O sentimento que eu tenho é que o CEP importa, sim.”

Nas críticas sobre as diferenças de tratamento entre os clubes que disputam o Campeonato Brasileiro, Everton foi além e criticou a maneira como o VAR é operado: “Teve um pênalti contra o Atlético-MG do mesmo jeito que Gustavo fez o gol na Arena. O jogador estava na frente e os caras deram o gol pro Atlético-MG. Todo ser humano está sujeito a erro, mas conseguir errar com tecnologia? Antes disso, teve o que aconteceu com o Grêmio, de jogos do Sport que foram mudados. O Sport teoricamente iria pegar times reservas do Bragantino e do Flamengo. O Grêmio que está pegando esses jogos”, detalhou.

Everton Felipe conhece bem o Sport, pois já atuou por seis temporadas no Time Raçudo da Massa, porém, o ambiente vivido entre os Rubro-Negros tem diferenças de épocas passadas, segundo o jogador: “A torcida que eu vi em 2015 de longe, no Internacional, de perto em 2016, 2017 e 2014, não é a mesma de hoje. A torcida do Sport está meio dividida em grupos políticos, por não concordar com atitudes das pessoas que estavam aqui antes ou que estão aqui hoje. Esquecem que no final das contas só uma coisa que vai fazer mal, que é o Sport”.