Não é novidade dizer que o Vasco passa por situação financeira delicada devido às más administrações que passaram pelo pleito nos últimos anos. Para poder pagar as contas em dia, o Cruz-Maltino foi praticamente obrigado a vender várias promessas da base, como o meia Evander, negociado com o FC Mitdjylland, da Dinamarca.
Nessa semana, o Vasco divulgou o balanço de 2019 e trouxe um dado importante na parte de “participações em direitos econômicos sobre os atletas profissionais de futebol”. O clube não tem mais os 14% sobre Evander. Segundo apuração do repórter AlexandreAraújo, do UOL Esporte, a fatia à qual o Cruz-Maltino ainda tinha direito foi negociada no decorrer da última temporada com o próprio clube dinamarquês.
A negociação, que teria envolvido os 53% iniciais e mais os 14%, foi de R$ 10,7 milhões, segundo o balanço. A intenção da atitude por parte da gestão Campello foi obviamente aliviar as contas, ainda bem atrasadas – nenhum atleta recebeu salário referente a 2020, para se ter ideia.
A notícia caiu com uma ducha d’água fria para os torcedores vascaínos, que esperavam receber 14% de uma futura venda de Evander. Antes da pandemia, o meia vinha sendo sondado por clubes da Espanha, como o Valencia. Caso o time dinamarquês decida vender o atleta para fora do país, o Almirante terá direito a apenas 3,5% do valor, direito como equipe fundadora pelo Mecanismo de Solidariedade da Fifa.
Evander chegou a São Januário para integrar a equipe Sub-13 e foi nas Colina que o garoto se profissionalizou. Apontado como uma das principais joias da base na época , fez a estreia no time principal em 2016. Dois anos depois, o meia chegou a se tornar o jogador mais jovem do Vasco a fazer um gol em uma Libertadores.