Nesta sexta-feira (22), o Botafogo inaugurou o novo vestiário do Estádio Nilton Santos, com a presença de John Textor. Depois do evento, o proprietário da SAF da Estrela Solitária concedeu entrevista coletiva e respondeu questões importantes para a jornada do Glorioso na temporada. A informação é do Globoesporte.com.

Foto: Vitor Silva/Botafogo.
Foto: Vitor Silva/Botafogo.

O norte-americano detalhou a busca Alvinegra por reforços e fez uma diferenciação das situações dos atletas que estão no radar de General Severiano: “Vamos tentar trazer jogadores de qualidade. As probabilidades são diferentes, mas os donos (atuais clubes) amam eles e não querem deixa-los ir. É muito diferente do Zahavi e do Cavani. No caso do Matheus e Ojeda é que eles querem fazer parte do nosso projeto, mas eles são muito importantes para os seus times. Os torcedores falam pra pagar... Mas temos que fazer negócios com clubes que fazem o meio de campo e esse não é o caso do Matheus. No caso do Ojeda, é um jogador incrível. Eu brinco que ele tem que parar de fazer tantos gols, mas ele é muito importante pro time e é uma situação que podemos ou não ter sucesso”, explicou o empresário.

 
Textor bateu na tecla sobre a necessidade de centrar os esforços em possibilidades tangíveis e ressaltou que a jornada é desafiante: “Eu acho que quando começamos esse projeto fomos bem realistas sobre o que iríamos enfrentar esse ano. Eu gosto de usar a expressão ''sonhar com os olhos abertos'', digo isso toda hora. Temos que sonhar com títulos e trabalhar para conquistá-los, mas temos também que lidar com a realidade, com os desafios”, declarou Textor.
 

O técnico Luís Castro também entrou em pauta e para abordar a situação do treinador, o dirigente se dividiu em ‘Textor torcedor’ e ‘Textor dono do time’: “Castro e esse time estão fazendo o que eu pedi. O ''Botafogo Way''. Castro não teve nem pré-temporada. Quando você vê o estilo de jogo, decepciona quando somos tão bons e não conseguimos marcar, como contra o Santos. Como torcedor, estou infeliz mas como dono estou feliz. É duro não ter resultados, e vejo jogadores que as pessoas acharam que eram contratações ruins, mas quem diria hoje que o Lucas Fernandes é ruim?”, enfatizou.

Na sequência, o empresário detalhou sua defesa ao trabalho de Luís Castro: “Os torcedores veem os resultados. Tínhamos quatro jogadores que tinham experiência em Série A. Castro é um professor, um vencedor e é um ótimo técnico. Nesse tipo de decisões, os torcedores têm que pensar como donos. Luís Castro não vai a lugar algum. Ele tem feito um trabalho incrível, não pode entrar em campo e fazer o gol. O time, contra o Santos, precisava fazer os gols. Ele fez algumas substituições que eu achava serem boas, mas não performaram. Os jogadores são humanos, também erram. Não dá pra apenas tirar o jogador, treinador, dono...”

Para finalizar, foi exposto que o Bota projeta comprar um terreno perto do Lonier para integrar os setores do Clube e turbinar a estrutura para os treinamentos: “Eu sinto que queremos soluções mais permanentes. Por sorte um terreno perto do Lonier está disponível, acho que podemos comprá-lo. Finalmente teremos a oportunidade de colocar todo o grupo junto, profissionais, time B, categorias de base. Mas claro que essas coisas levam tempo. Não vai ter impacto nessa atual temporada, é para um futuro próximo”.