Durante o programa Os Donos da Bola, da TV Bandeirantes, nesta quinta-feira (1), o presidente do Internacional Alessandro Barcellos entregou uma estratégia que vem adotando na busca por reforços no mercado. O mandatário revelou que tem evitado falar publicamente em nomes de jogadores, destacando a falta de éticade diretoria de clubes brasileiros que atravessam as negociações.
O presidente Colorado, sem citar nomes, destacou que alguns clubes possuem profissionais apenas para monitorar as movimentações de tentativas de contratações dos adversários. “Hoje, infelizmente, há algo que me preocupa demais no futebol brasileiro. Estamos saindo do limite da ética. Há profissionais no mercado que trabalham especificamente monitorando os movimentos de clubes adversários e atravessando negócios. E criando dificuldades. Se a gente começar a falar de negociações antes disso, é neste aspecto que o sigilo é importante. E já me deparei com alguns casos assim”, destacou.
Alessandro Barcellos ainda revelou que vê no sigilo a maior possibilidade de conseguir garantir reforços para 2023. “Não quero que isso prejudique o meu clube. Por isso trabalhamos com sigilo, que é para tentar tirar o maior proveito desse processo de negociação. Tudo isso para fazer negociações rápidas, seguras e boas para o clube. Isso nem sempre é possível, porque envolve os agentes, que muitas vezes querem fazer leilão. Isso a gente tem tentado diminuir junto com outros presidentes de clubes”, completou.
O presidente ainda destacou que o objetivo desses clubes é enfraquecer os rivais, mesmo que esses reforços nem joguem. Mas, fez questão de garantir que o rival Grêmio não está entre eles. “Falo isso de forma franca, mas quero dizer que não é nada em relação ao nosso rival. Mesmo com a gestão anterior e agora essa, sempre tivemos uma relação muito boa. Falo em relação a clubes que inclusive possuem maior poder financeiro. Estou vendo isso: esses clubes têm jogadores importantes no banco de reservas que não estão no Inter por razões estritamente de mercado. Eles preferem enfraquecer o adversário do que ter os jogadores jogando”, concluiu.