Último reforço apresentando pelo Corinthians até aqui para a sequência da temporada, Éderson ainda não teve tempo para demonstrar o seu futebol dentro de campo. Antes da suspensão do Campeonato Paulista devido à pandemia do Coronavírus, o volante teve a oportunidade de jogar somente 23 minutos e treinou com todos elenco por apenas 15 dias. O jogador não vê a hora não só de voltar aos treinos, mas também de retomar as competições.
Durante a entrevista concedida à equipe de reportagem do Globoesporte.com, o jogador revelou que está há mais de 3 meses dentro de casa e tem aproveitado as reuniões feitas virtualmente pelo técnico Tiago Nunes para tentar “quebrar o gelo” com o plantel corintiano. O volante disse que, na última reunião conseguiu, se soltar mais com os companheiros de posição: “Temos falado com Tiago, sim. Manda mensagens ou vídeos com coisas táticas que ele quer acelerar, para que todos voltem com o mesmo pensamento. Na semana passada, fez reuniões de parte defensiva e ofensiva. Falou sobre questões que podem funcionar na volta. Sempre deixa aberto a todos darem opinião e sugerir pautas”, afirmando que, nas primeiras conversas com o plantel do Timão, ficou um pouco tímido e quieto só prestando atenção; agora, tem tentado expressar mais a sua opinião para o treinador, que segundo ele, está sempre aberto para escutar novas ideias.
“Nas primeiras reuniões (virtuais), eu fiquei mais observando. Pessoal falando. Fiquei na minha. Nessa última, só com os meias, ele (Tiago) pediu para eu falar. Falei um pouco, mas ainda tímido. Cheguei agora. Falo mais com uns do que com outros, mas falei o que pensava, sim”, disse o volante do Alvinegro.
Durante o bate-papo, Éderson não escapou da pergunta que mais tem incomodado o elenco e a diretoria: os salários atrasados. O jogador, por ora, elogiou a diretoria, afirmou sua importância e de os jogadores serem verdadeiros uns com os outros. Acredita que, em breve, essa situação será resolvida. O Timão espera receber o dinheiro da venda do atacante Pedrinho para quitar os vencimentos atrasados.
“Algumas coisas eles passam para os líderes, que nos passam. Outras são com todos os jogadores. Depende do momento. O que importa é que todos estão sendo verdadeiros, abrindo todas as questões, salários, tudo. Falam sempre ouvindo cada jogador. Temos observado. Concordamos em reduzir salário para que não demitissem e estão cumprindo a parte deles”.
“Acho que, se a gente pode ajudar, não tem problema. Tem pessoas que precisam um pouco mais. E a gente não tem problema em ajudar. Todo mundo vai ter dificuldade nessa pandemia. Vai faltar um pouco aqui e um pouco ali. O grupo escolheu ajudar. A diretoria está abrindo todas as questões que precisam ser abertas a nós. Antes de qualquer nota oficial, falam conosco”, concluiu.