No tumultuado sábado do Botafogo, com protestos e invasão de sua sede em General Severiano, o time da Estrela Solitária ficou apenas no empate diante do Ceará, no Estádio Nilton Santos. O Glorioso ainda viu um pênalti desperdiçado por Vitor Luís quando vencia por 2×1, aos 37min do primeiro tempo. No começo da segunda etapa, Leandro Carvalho empatou para o “Vovô” e definiu o placar da partida em 2×2.

O azar do Fogão começou quando Keisuke Honda, autor do primeiro gol em cobrança de pênalti, entregou a bola para Victor Luís realizar a cobrança da penalidade que foi anotada por interferência do VAR. O lateral exagerou na força e isolou a bola para cima do gol de Fernando Prass.
Após a partida, o camisa 6 lamentou o desperdício da chance de ampliar a vantagem do Glorioso, que até aquele momento mantinha a vitória parcial. “Dei a bola para ele bater, mas ele pediu para eu bater. Temos de ser homem para reconhecer nossos erros, o time se desdobrou e se entregou demais”, reconheceu o atleta.
Victor Luís ainda completou chamando a responsabilidade do resultado. “Tive a vitória nos meus pés, assumo esse empate. Estou correndo o máximo que posso, mas é mais digno assumir para mim esse empate. Temos de aparecer nos momentos bons e ruins, nada mais digno do que assumir esse empate”, disse no final da partida.
O mau agouro veio em um dia de tumulto na sede do clube, o jogador não deixou de expressar como os protestos refletiram no time. “Se falarmos que isso não respinga aqui, estaremos mentindo. Essa guerra extracampo é até difícil de falar. Todos têm de pensar em um só o Botafogo e deixar a vaidade de lado”.
Em uma semana que contou com revolta da torcida pelo interesse da diretoria em contratar Gallo como treinador, bem como com a negativa de Daniel Garnero, ex-treinador do Olímpia-PAR, o Botafogo fecha a 19ª rodada do Brasileirão estagnado na 14ª colocação com 20 pontos, apenas 1 ponto a mais dos times que estão na zona do rebaixamento.