Nesta quarta-feira, 22, o Botafogo prorrogou a concessão do Estádio Nilton Santos junto a Prefeitura do Rio de Janeiro. O atual vinculo ia até 2031, porém foi ampliado por mais 20 anos e agora segue até 2051. O contrato foi assinado pelo prefeito Eduardo Paes e o presidente do Glorioso, Durcesio Mello durante uma cerimonia que foi transmitida ao vivo no canal do clube no Youtube.
Durante a cerimonia Durcesio falou sobre os planos do clube para o estádio e o papel que ele pode exercer para a comunidade. “Queremos fazer desse espaço um polo de referência nacional, atrair investidores, nos tornar uma arena de referência, gerar empregos, impactar essa comunidade, e tornar o Nilton Santos o símbolo do Botafogo que tanto sonhamos”, disse.
O presidente do clube também falou sobre a identificação da torcida alvinegra com o espaço. “O Estádio Nilton Santos foi abraçado por nossa torcida. Estamos desenvolvendo jogo após jogo uma linda história de amor, carinho e cumplicidade. Vencemos mitos da época da fundação, críticas por dificuldade de acesso, queixas de que era longe. O botafoguense levou o Nilton Santos para a alma e o coração, para suas músicas. Fez dele o seu lar e território e vai fazer muito mais até 2051”.
E é justamente essa conexão extraordinária entre o clube e o estádio que nos chama atenção. Caminhar pelo espaço é contemplar e sentir a história do Botafogo nos detalhes. O próprio nome é um reflexo da força da torcida alvinegra. A princípio o local foi batizado de Estádio Olímpico João Havelange, mas a pedido do clube e da torcida passou a se chamar Estádio Olímpico Nilton Santos em 2015.
Mas vamos voltar ao princípio, o estádio foi construído no antigo terreno da Rede Ferroviária Federal, no bairro do Engenho de Dentro, na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de receber os Jogos Pan-Americanos de 2007. O local que foi inaugurado em 30 de junho de 2007, pertence a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, mas acabou sendo concedido ao Botafogo, que arrendou o espaço. Diga-se de passagem, que a inauguração foi com vitória do Botafogo por 2 x 1 sobre o Fluminense.
Mas foi em agosto de 2007, que o estádio considerado o quinto mais moderno do mundo se tornou a casa do Botafogo, quando o Alvinegro Carioca venceu a licitação da prefeitura e ganhou o direito de mandar seus jogos no local, além de administrar e explorar comercialmente o espaço. E de lá para cá o vinculo do clube com o ambiente iria muito além de um contrato legal, o território passaria a ser o lar do Glorioso e como diria o próprio Durcesio em seu discurso, “seria abraçado pela torcida”.
A identidade alvinegra foi imprimida em 2015, quando o Botafogo entrou com o pedido para alterar o nome fantasia para Estádio Nilton Santos, em homenagem ao ídolo conhecido como Enciclopédia do Futebol, passando em 2017, a se tornar o nome oficial do estádio poliesportivo.
De acordo com o site do Botafogo “Além do campo de futebol com grama natural, de dimensões de 105 x 68m, o estádio conta com uma pista de atletismo, com nove raias no padrão standard da IAAF, dois setores para salto triplo e em distância, um para salto com vara, outro para salto em altura e uma pista de dardo. Há ainda um campo anexo destinado a treinamentos e uma pista de atletismo interna para aquecimento. O Estádio Nilton Santos atualmente tem capacidade para 46 mil pessoas e foi o principal equipamento dos Jogos Olímpicos de 2016.”.