Na gestão no Rubro-Negroentre 2013 a 2018, o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello,participou de uma live na última segunda-feira (13) com Mário Gobbi e Felipe Ezabella, membros do grupo de oposição “Corinthians Grande”, e contou detalhes de suadifícil situação enfrentada no início de seu mandato.

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo.
Foto: Alexandre Vidal/Flamengo.

–Foi uma situação muito difícil. Com menos de um mês (de mandato), dispensamos o nosso melhor jogador, que na época era o Vagner Love. Ele nos custava mais ou menos R$ 1 milhão por mês e ainda estávamos devendo 6 milhões de euros para o CSKA (clube da Rússia). Conseguimos desfazer a operação, ele (Vagner Love) e seu empresário foram muito compreensivos. Tivemos que dispensar todos os atletas dos esportes olímpicos. Foi um drama-, contou o ex-presidente, prosseguindo:

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo.

–Começamos a nos movimentar. De vez em quando nos reuníamos na câmara federal para discutir aquilo que acabou virando o PROFUT. Foram quatro ou cinco anos de muito sacrifício. O Flamengo era réu em 600 ações trabalhistas. Moral da história: no último ano, já estávamos em uma situação muito melhor, a partir de 2015 já tínhamos uma certa sobra para reforçar o time, as ações trabalhistas foram quase zeradas. E claro, contamos com a força da torcida do Flamengo-, completou.

O ex-dirigente foi questionado sobre umfuturo cargo noCorinthians, possibilidade cogitada pelos torcedoreslogo depois de Mário Gobbi, presidente do clube entre 2012 a 2015, afirmar que pretende criar uma gestão com nomes de respaldo caso seja eleito. Atualmente, o ex-mandatário do Flamengo é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Sente falta de Bandeira de Mello como presidente?

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– Fico muito lisonjeado com essa lembrança. O presidente Mário Gobbi é muito gentil e isso é claro que é um reconhecimento de torcedores e de dirigentes de outro clube, um clube com a dimensão do Corinthians. Isso é reconhecimento daquilo que a gente fez lá no Flamengo. Mas eu acho que os corintianos têm amplas possibilidades de tocar o Corinthians. Eu vou estar sempre à disposição para conversar. Meu nome é muito ligado ao Flamengo. Talvez essa fosse uma solução que não fosse boa para o Corinthians e nem para mim” – afirmou.