A final da Supercopa do Brasil entre Flamengo e Palmeiras, no último dia 11 de abril, ainda rende assunto no futebol nacional. Quase um mês após a conquista rubro-negra do título em Brasília – na decisão por pênaltis após empate por 2 a 2 -, oSuperior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o técnico alviverde Abel Ferreira e seu auxiliar João Martins por briga generalizada no túnel de acesso aos vestiários do estádio Mané Garrincha.
Em julgamento nesta sexta-feira, os palmeirenses pegaramum jogo de suspensãopor reclamação desrespeitosa. Ambos foram denunciadosno artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e a decisão foi unânime pela Comissão Disciplinar.
Na ocasião, o treinador do Palmeiras acabou expulso pelo árbitro Leandro Vuaden ainda no primeiro tempo após reclamar de uma marcação no ataque do seu time. O atacante Breno Lopes sofreu falta de Diego, mas o jogador do Flamengo não recebeu cartão amarelo. Na súmula, ele relatou que foi ofendido pelo técnico palmeirense, o que foi negado pelo português.
Depois foi a vez de João Martins levar vermelho do juiz e sua saída aos vestiários causou tumulto entre membros da comissão técnica, jogadores e seguranças de ambos os clubes.No caminho, o auxiliar cruzou com Marcos Braz, vice-presidente do Flamengo, que estava no local.”Levem logo a taça”, teria dito o português ao flamenguista.
Foi o estopim para troca de agressões. Osseguranças contratados pelo Palmeiras se envolveram na confusão, que levou Braz ao chão – o relato é que teria levado pelo menos dois socos e caído da escada que dá acesso ao túnel. A confusão rendeumulta de R$ 5 mil aos clubes.Já Abele João Martins devem cumprir suspensão de uma partida no próximo jogo do Verdão em uma competição organizada pela CBF.
No julgamento desta sexta-feira, João Martins afirmou que Braz tentou agredi-lo. “Um senhor forte do Flamengo, que depois fiquei sabendo que era diretor do Flamengo, tentou me agredir. Depois teve alguns atritos, empurrões, mas nada de violência. Os seguranças do Palmeiras começaram a intervir e rolou aquele tumulto”, disse o português em seu depoimento.
Um fato curioso é que o próprio auxiliar afirma, no depoimento, que não houve violência, mesmo após confirmar empurrões e atritos no túnel de acesso aos vestiários do estádio em Brasília. Marcos Braz, por sua vez, ainda não se manifestou sobre o tema.